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segunda-feira, 16 de maio de 2016

Tesouro com 1600 anos descoberto em navio submerso - Israel

Arqueólogos descobriram junto a um porto antigo da Cesárea parte de um navio submerso com milhares de moedas com 1600 anos, estátuas de bronze e outros objetos enterrados no mar.


Trata-se do maior conjunto de objetos descobertos no fundo do mar nas últimas três décadas, localizado de forma fortuita num primeiro momento por dois amantes do mergulho submarino, informou a Autoridade de Antiguidades de Israel (AAI).
O espólio descoberto inclui ainda âncoras de ferro e restos de âncoras de madeira, e objetos que foram empregados na construção e navegação da embarcação afundada.
A investigação para recuperar os vestígios da carga decorreu nas últimas semanas com a colaboração de submarinistas especializados e de voluntários que integraram equipas avançadas e desenterraram numerosos artefactos que eram transportados na embarcação afundada.
Muitos dos objetos são de bronze e encontram-se em extraordinário estado de conservação, como uma lâmpada com a imagem gravada de um deus sol, ou uma estatueta de uma deusa lua, assim como uma lâmpada com a imagem da cabeça de um escravo africano, mas o maior destaque vai para três estátuas em bronze fundido de tamanho real.
Foram também localizados fragmentos de grandes jarras usadas para transportar água potável para a tripulação do barco.
Uma das grandes surpresas foi a descoberta dentro de uma vasilha de dois sacos com milhares de moedas com cerca de 20 quilos.
De acordo com Jacob Sharvit, diretos da Unidade de Arqueologia Marinha da AAI, e Dror Planer, vice-diretor do mesmo departamento, "a localização e distribuição dos artefactos antigos no fundo marinho sugerem que um grande navio mercante transportava um carregamento de metal para ser reciclado, quando foi surpreendido por uma tormenta à entrada no porto, afundando-se ao embater contra as suas paredes rochosas".
As mesmas fontes sublinham a importância e o bom estado das estátuas, que devem a boa preservação ao facto de terem ficado enterradas na areia do fundo marinho.
As moedas têm inscritas a imagem do imperador Constantino, o Grande (274-337) e do seu rival Licínio, imperador que governou a parte este do império entre 308 e 324.



Leia mais: Tesouro com 1600 anos descoberto em navio submerso http://www.jn.pt/mundo/interior/tesouro-com-1600-anos-descoberto-em-navio-submerso-5176864.html#ixzz48pJraulA 

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Esposende acolhe Escola Internacional de Arqueologia Náutica e Subaquática

Esposende acolhe até 23 de agosto a Escola de Arqueologia Náutica e Subaquática, denominada “Escola de Verão Internacional de Arqueologia | 2015”. Esta iniciativa visa o estudo do achado do navio de Época Moderna arrojado na praia de Belinho, na sequência do forte temporal de janeiro de 2014. 

Este achado tornou-se numa das mais importantes descobertas arqueológicas de valor internacional em contexto subaquático para a Época Moderna (contemporânea dos Descobrimentos Portugueses). Do arrojamento à praia contabilizaram-se peças do navio com mais de 60 madeirames e da sua carga. Desta destacam-se mais de duas centenas de pratos em estanho, duas dezenas de pratos em latão (“pratos de oferendas”) e duas dezenas de balas de canhão em pedra (“pelouros”). Do mesmo sítio arqueológico foram ainda  recuperadas cerca de nove centenas de fragmentos de ânforas, correspondentes a um outro naufrágio, de Época Romana, tornando o próprio sítio arqueológico inédito no país.

A “Escola de Verão Internacional de Arqueologia | 2015” resulta da implementação do projeto em rede sobre o sítio arqueológico da praia de Belinho que procura, nos diversos parceiros, a inovação no que respeita à investigação, valorização e divulgação destes achados. Disto é exemplo o projeto europeu ITN Marie Curie “ForSEADiscovery” que, a partir do corrente mês, registará as madeiras com métodos inovadores em Portugal, bem como determinará a idade exata, o tipo e a sua proveniência, ancorando ao projeto os mais reputados investigadores nesta área provenientes dos Estados Unidos da América, Inglaterra, Espanha e Portugal.


quinta-feira, 18 de junho de 2015

Como potenciar os vestígios arqueológicos do Rio Arade?

“Vestígios arqueológicos do rio Arade – Um património a potenciar”, com a presença do arqueólogo Cristóvão Fonseca, é o tema da terceira tertúlia promovida pelo Grupo dos Amigos do Museu de Portimão, que terá lugar esta sexta-feira, dia 20 de Junho, às 18h30, neste museu, com entrada livre.
Segundo os Amigos do Museu de Portimão, «o estado de conhecimento do património cultural subaquático do estuário do rio Arade, os principais sítios arqueológicos conhecidos e o seu valor científico, justificam a implementação de um programa de investigação contínuo e um projeto de valorização e divulgação orientado para diferentes públicos».
Este será o ponto de partida para promover um debate que pretende identificar oportunidades e apresentar propostas no sentido de reconhecer e potenciar este património.
Cristóvão Fonseca, que já foi responsável pelo extinto Núcleo de Arqueologia Subaquática do Museu de Portimão, integrou também os trabalhos que, durante três verões consecutivos, de 2003 a 2005, decorreram no Rio Arade, sob direção de Francisco Alves, então diretor do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS).
Denominadas campanhas ProArade, destinaram-se a investigar, sob o ponto de vista arqueológico, o leito do Arade, que, pelo menos desde a década de 70 do século passado, se sabia ser um repositório de vestígios de grande importância.
No último ano da campanha, em 2005, o objetivo da equipa de arqueólogos subaquáticos foi desmontar uma embarcação afundada há 500 anos, dos séculos XV ou XVI, conhecida como «Arade 1», que se encontrava enterrada no lodo do fundo do rio.
O objetivo era, então, não só salvar e registar os vestígios raros de uma embarcação tão antiga, como, no futuro, construir «uma réplica do barco à escala natural, para ser colocada no Museu de Portimão». Tal réplica nunca chegou a ser feita, mas pode ser que, da tertúlia, surja alguma luz sobre este assunto.



quarta-feira, 29 de abril de 2015

CONFERÊNCIA "UNDERWATER CULTURAL HERITAGE" - FIL


UNESCO |4th of June . Lisbon, FIL, Auditorium 3
Programme
11h30 - Opening session
Ambassador Ana Martinho - President of the Portuguese National Commission for UNESCO

11h40 - Communications
Drª Catarina Coelho – Director of the Department of Cultural Property – Direção Geral do Património Cultural (DGPC)
The implementation of the 2001 Convention in Portugal

11h55
Comandante Augusto Salgado – Sub Director of Naval Research Centre (CINAV)-  Naval Academy
The Underwater Cultural Heritage and the contemporary era

12h10
Prof. João Paulo Oliveira e Costa- Director of the Portuguese Centre for Global History (CHAM) – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCHS/NOVA)
Presentation of the UNESCO Chair “The Ocean´s Cultural Heritage”

12:25
Dr. José Bettencourt – History Department/Nautical and Underwater Archaeology - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH/NOVA)
The Underwater cultural Heritage in Portugal – new challenges, which perspectives?

Moderator: Comandante Aldino Santos de Campos - Head of the Portuguese Task Group for the Extension of the Continental Shelf



quinta-feira, 12 de março de 2015

Aveiro: o património arqueológico subaquático no “QUINTAS DA RIA”


AVEIRO – A segunda sessão do “Quintas da Ria II”, ciclo de tertúlias promovido pelo grupo uariadeaveiro e pela Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro, discute o património arqueológico subaquático da Ria. A sessão decorre a 26 de março, partir das 21h15, no auditório da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. As descobertas realizadas, a preservação, a divulgação e a valorização deste riquíssimo património da Região e o que ainda está por investigar, serão os temas a abordar pelos oradores Miguel Aleluia, Fernando Almeida e Francisco Alves.
Serão expostas algumas peças originais da coleção da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro, assim como algumas réplicas de artefactos típicos provenientes da Ria. A entrada é livre e não carece de inscrição.
A moderação desta sessão do ciclo “Quintas da Ria” está a cargo de Luis Menezes Pinheiro, professor do Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro (UA) e coordenador da Plataforma Tecnológica do Mar, estrutura de interface entre a UA, a sociedade e as empresas.
Francisco Alves dirigiu o Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática e a Divisão de Arqueologia Náutica e Subaquática, foi professor da Universidade Nova de Lisboa e mantém ainda atividade como investigador desta instituição. Miguel Aleluia é assistente técnico no Museu de Aveiro, trabalhou no Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática e nas pesquisas de arqueologia subaquática na Ria de Aveiro. Fernando Almeida é professor do Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro e tem vindo a orientar pós-graduações e trabalhos de investigação em geotecnia aplicada à arqueologia. Fernando Almeida e outros professores e investigadores do Departamento de Geociências trabalharam em vários campanhas de prospeção arqueológica no fundo da Ria e que levaram à localização de antigas embarcações com vários séculos.

Grupo uariadeaveiro
O Grupo uariadeaveiro é uma estrutura dinamizada pela Reitoria da Universidade de Aveiro (UA) para mobilizar o conhecimento sobre a Ria produzido na instituição, facilitando o diálogo com os parceiros da região e ajudando na gestão deste grande conjunto de ecossistemas.
O ciclo de conversas tem como objetivo principal contribuir para a construção de valores, comunicar com a sociedade e aproximar os atores associados à Ria. “Quinta das Ria II” inclui, para além da que decorreu a 12 de fevereiro, as seguintes sessões:
– “O património arqueológico subaquático da Ria de Aveiro” (26 de março);
– “O património edificado na envolvente da Ria de Aveiro” (9 de abril);
– “O capital social e as redes de cidadãos em torno da Ria de Aveiro” (14 de maio);
– “A proteção da qualidade da água na Ria de Aveiro” (11 de junho);
– “Políticas públicas e governação partilhada na Ria de Aveiro” (9 de julho).
O primeiro ciclo “Quintas da Ria” que decorreu ao longo do ano passado, “criou uma oportunidade para a UA partilhar conhecimento científico com a região e, através dele, conversar sobre a Ria num ambiente informal e plural”, considerou Teresa Fidélis, coordenadora do Grupo uariadeaveiro num texto de opinião publicado no jornal online da UA sobre o ciclo de conversas anterior. “Procurou contribuir para enriquecer o que, individual e coletivamente, podemos fazer para valorizar, usufruir e contribuir para a gestão da Ria de Aveiro que é de todos e para todos e, por isso, a todos responsabiliza. Tratou-se de um passo num percurso que acreditamos poder prosseguir e evoluir para mobilizar e valorizar a participação cívica em torno na Ria.”, referia ainda a coordenadora.

Agradecendo a melhor divulgação deste assunto e a vossa presença na iniciativa, apresentamos os nossos cumprimentos.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Ciclo de debates - Conversas a bordo: "Arquivos e documentação histórica"



Dia 4 de Dezembro, Quinta-feira, às 18h00, debate sobre «Arquivos e Documentação Histórica», com os oradores André Teixeira (CHAM/UNL), Patrícia Carvalho (CHAM/UNL) e Paulo Alexandre Monteiro (IAP/UNL).
Ciclo de Debates "Conversas a Bordo" promovido pelo Museu Nacional de Arqueologia e pelo Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática, da Direção-Geral do Património Cultural.
Pode assistir e participar em directo via internet no canal do EuroVision Museum Exhibiting Europe: http://ustre.am/1isEo

terça-feira, 4 de novembro de 2014

"Inventário e Carta Arqueológica", dia 6 de Novembro, no Ciclo de Debates "Conversas a Bordo" da Arqueologia Náutica e Subaquática em Portugal - Museu Nacional de Arqueologia

O Museu Nacional de Arqueologia e o Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática, da Direção-Geral do Património Cultural, promovem o Ciclo de Debates Conversas a Bordo, dedicado a esta ciência e dirigido a todos os especialistas, profissionais e públicos interessados.

No dia 6 de Novembro, Quinta-feira, às 18h00, o tema de debate será "Inventário e Carta Arqueológica" com os oradores Catarina Garcia (CHAM/ UNL), Ivone Magalhães/ Ana Paula Almeida (C. M. Esposende), Jorge Freire (CHAM/ UNL) e Maria Luísa Blot (CHAM/ UNL).


quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Arqueologia ao Sul: A arqueologia subaquática em Portugal

Hoje pelas 17h30 no Anfiteatro A do Complexo Pedagógico, Campus de Gambelas, o investigador Gonçalo Lopes fará uma comunicação sobre "A Arqueologia Subaquática em Portugal: percursos e desafios". Uma iniciativa do Nap da Universidade Do Algarve a não perder.


terça-feira, 25 de março de 2014

Piroga do Rio Lima na exposição "O tempo resgatado ao mar" do Museu Nacional de Arqueologia



Uma piroga do rio Lima, uma das seis embarcações encontradas em Viana do Castelo, integra a exposição “O tempo resgatado ao Mar” do Museu Nacional de Arqueologia, que dá a conhecer os principais resultados da atividade arqueológica náutica e subaquática realizada em Portugal nos últimos trinta anos.
As pirogas, embarcações monóxilas feitas a partir de um tronco de árvore escavado, conhecido na Europa desde a pré-história e mais precisamente desde o neolítico, foram utilizadas no Rio Lima e, por serem embarcações construídas através de uma tecnologia muito particular, merecem grande relevo e assumem enorme importância para a comunidade científica portuguesa e internacional.
Em Viana do Castelo foram encontradas seis pirogas entre as freguesias de Moreira de Geraz do Lima e Mazarefes, sendo que as cinco identificadas foram enviadas para a Divisão de Arqueologia Náutica e Subaquática para restauro, estudo e conservação.
Uma delas está agora em exposição em Lisboa, depois de ter sido descoberta na margem esquerda do Lima, junto ao Lugar da Passagem (Moreira de Geraz do Lima) em Maio de 1996. A embarcação, datada por radiocarbono entre a segunda metade do século VII e finais do século IX, foi construída a partir de carvalho-roble e serviria para atravessar o rio durante a Idade Média.
Com 385 centímetros de comprimento, 55 de largura e 45 de altura, a embarcação esteve juntamente com outra, em 2013, no Museu Nacional de Arqueologia Subaquática – ARQUA, em Cartagena, para conservação e uma delas esteve mesmo em exposição.
Agora, integra uma mostra que apresenta uma seleção de peças oriundas de ambientes marítimos, fluviais ou húmidos de todo o território nacional desde a época pré-romana ao século XX, com maior incidência na época moderna, resultado de numerosos naufrágios referenciados.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Encontro Direito e Mar – A Arqueologia Subaquática

Encontro Direito e Mar – A Arqueologia Subaquática a realizar no dia 21 de Fevereiro, entre as 17h00 e as 18h15, na Sala de Audiências da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.


terça-feira, 24 de setembro de 2013

Cem naufrágios tornam mar do Funchal com potencial científico e turístico

Cem naufrágios de navios dos séculos XVIII e XIX fazem do mar do Funchal um potencial científico e turístico, considera o investigador do Centro de História de Além-Mar José Bettencourt, que lidera um projeto para avaliar este património.
"Numa análise muito preliminar ainda, os registos que temos são de aproximadamente cem naufrágios no entorno ao porto do Funchal, o que é uma quantidade bastante significativa", disse José Bettencourt.
Segundo o especialista em arqueologia subaquática, "a maior parte desses registos é de navios do século XVIII e XIX", mas há "alguns mais antigos, como um galeão espanhol que naufragou em 1622" e que, "se fossem descobertos, teriam e têm um potencial científico muito relevante".
O responsável esclareceu que a zona do porto e de aproximação a este são "áreas mais perigosas para a navegação, porque são aquelas que têm maior tráfego marítimo", e "é aí que se dá a maior parte das perdas", pelo que estas "são, sempre, em todo o país, as zonas mais ricas do ponto de vista arqueológico".
"A maior parte dos naufrágios localiza-se junto à costa porque a maior parte são resultado de encalhes ou de perdas durante operações portuárias, por isso, a maior parte estará a baixa profundidade", explicou o investigador, reconhecendo, contudo, que as características da Madeira levam o investigador "a esperar que os sítios sejam um pouco mais profundos".
O coordenador do Centro de Estudos de História do Atlântico, Alberto Vieira, admitiu que "terão ocorrido muito mais naufrágios ao longo da história", salientando que, desde o século XV, "há referências a naufrágios", embora os dados sejam "muito esparsos".
"Tivemos historicamente um problema muito importante na Madeira, a principal cidade fixou-se, montou-se, numa baía que oferecia grandes dificuldades em termos das embarcações", referiu o coordenador do centro, sediado no Funchal.
A este propósito, o historiador realçou: "A baía do Funchal sempre foi historicamente muito complicada em termos da navegação em determinadas épocas do ano, o que fazia duas coisas, primeiro as embarcações só entravam dentro do porto (...) para descarregar, porque normalmente lançavam a âncora ao largo, por causa de um conjunto de correntes e ventos que acontecia numa determinada época do ano, mas que, muitas vezes, era ocasional".
"O porto do Funchal, por textos que nós conhecemos, era conhecido como um dos portos mais difíceis e, para muitos estrangeiros, o parar no Funchal era sempre uma aventura", adiantou, reconhecendo que a zona tem um património subaquático decorrente dos naufrágios, mas a pesquisa pode encontrar um obstáculo no assoreamento.
O arqueólogo José Bettencourt defendeu que o turismo arqueológico subaquático poderia ser "um complemento à atividade turística de mergulho que já existe" no arquipélago.
"Trabalhamos para dar algo à comunidade, não só para responder a questões científicas, mas também para contribuir com o nosso trabalho para o desenvolvimento económico e cultural das áreas onde estamos a trabalhar", declarou.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Projecto avalia património arqueológico subaquático do Funchal

Um projeto do Centro de História de Além-Mar, das universidades Nova de Lisboa e dos Açores, está a avaliar o património arqueológico subaquático do Funchal, tendo identificado este mês, no decurso da primeira prospeção, um sítio arqueológico.

"O projeto que estamos agora a iniciar é de avaliação do potencial arqueológico subaquático do entorno ao porto do Funchal, que visa, essencialmente, avaliar as fontes escritas e também fazer prospeção nalguns pontos específicos onde essas fontes nos indiquem maior potencial científico para tentar detetar vestígios subaquáticos de naufrágios", disse à agência Lusa o arqueólogo José Bettencourt.
A investigação, iniciada em agosto do ano passado, vai analisar uma área entre a Ponta do Espinhaço e a ponta do Garajau, incluindo os vários fundeadouros do porto, numa distância de costa de cerca de 7,5 quilómetros, e contemplou, este mês, os primeiros mergulhos.
"Foram duas semanas de mergulhos pontuais apenas, sobretudo para confirmar algumas informações orais que nos tinham chegado da existência de vestígios arqueológicos. Fomos confirmar e avaliar, de uma forma muito preliminar ainda, esses vestígios. E, depois, realizámos outros mergulhos pontuais noutras zonas para perceber que tipo de fundo é que tem a área de estudo para depois planearmos as próximas fases de trabalho", adiantou o investigador do Centro de História de Além-Mar.
O especialista em arqueologia subaquática destacou que foi confirmada a existência de um sítio arqueológico, um navio que se encontra a cerca de dez metros de profundidade.
"A profundidade aqui desce muito rapidamente e, por isso, a maior parte dos vestígios que existirão nesta área estará mais funda", declarou o responsável, notando que a embarcação está praticamente toda enterrada, vendo-se, apenas, o topo de algumas madeiras, pelo que necessita "de uma intervenção diferente para responder às perguntas básicas".
No decurso desta prospeção, um dos elementos da equipa de investigação "viajou" até ao que se presume ser o navio "Pronto", que serviria para transportar água para o Porto Santo e víveres para outros ancoradouros da ilha da Madeira, e terá naufragado na II Guerra Mundial (1939/1945).
"É, também, objetivo do projeto valorizar outros locais subaquáticos e neste navio, que é muito visitado por mergulhadores, há todo o interesse em fazer um pouco mais de investigação", referiu José Bettencourt.
Financiado pelo Centro de História de Além-Mar e com o apoio logístico da Câmara do Funchal, através da sua Estação de Biologia Marinha e da empresa municipal Frente Mar, o trabalho permitiu já concluir que "existe um potencial arqueológico muito significativo" na área de estudo, embora "num ambiente difícil de trabalhar", decorrente dos aluviões das ribeiras.
A segunda prospeção ainda não tem data: "Agora vamos avaliar os dados deste ano e vamos, sobretudo, fazer uma análise sistemática da informação que está em arquivo sobre os naufrágios que ocorreram na área de estudo, para percebermos melhor quais as áreas que temos que apostar com maior incidência de toda a envolvente do porto, que é bastante grande", afirmou José Bettencourt, admitindo que a investigação poderá, no futuro, alargar-se a outros pontos do arquipélago com interesse arqueológico.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Museu de Angra do Heroísmo promove um mergulho orientado aos destroços do vapor Lidador

A Direcção Regional da Cultura, através do Museu de Angra do Heroísmo, promove a 26 de Agosto a realização de um mergulho orientado aos destroços do vapor Lidador, na baía de Angra, na sequência da parceria existente entre o Museu, o Centro de História de Além-Mar e o Observatório do Mar dos Açores. O Lidador era um vapor brasileiro construído em ferro, que naufragou a sete de Fevereiro de 1878, quando se preparava para rumar ao Brasil com emigrantes açorianos. O mergulho orientado aos destroços, que decorre no âmbito do programa de dinamização da exposição Histórias que Vêm do Mar, patente no Museu de Angra do Heroísmo até 29 de Setembro, obriga a inscrição prévia, através do endereço electrónico ana.ls.almeida@azores.gov.pt ou do telefone 295 240 800, até às 16h00 de sexta-feira. A participação é gratuita, mas está limitada a dez elementos, com idade igual ou superior a 14 anos, devendo os menores fazer-se acompanhar por uma autorização dos pais ou encarregados de educação. A concentração dos participantes deverá ocorrer no Museu pelas 10h00, seguindo-se uma visita à exposição Histórias que Vêm do Mar, que apresenta objectos emblemáticos recolhidos nos mares dos Açores e, em especial, nas baías da Horta e de Angra do Heroísmo, dois dos principais portos açorianos desde o século XVI.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Cidade egípcia é revelada após 1.200 anos submersa no Mar Mediterrâneo

É uma cidade envolta em mitos, engolida pelo Mar Mediterrâneo e enterrada na areia e na lama por mais de 1.200 anos. Mas agora, arqueólogos estão  a escavar os mistérios da Heracleion, descobrindo artefatos surpreendentemente bem preservados que contam a história de um porto clássico de uma importante época histórica.

Conhecido como Heracleion para os antigos gregos e Thonis aos antigos egípcios, a cidade foi redescoberta no ano 2000 pelo arqueólogo francês subaquático Franck Dr. Goddio e uma equipa do Instituto Europeu para a Arqueologia Subaquática (IEASM) depois de quatro anos de pesquisa geofísica. As ruínas da cidade perdida foram encontrados a cerca de 9 metros de profundidade no mar Mediterrâneo em Aboukir Bay, perto de Alexandria.

Um novo documentário destaca as principais descobertas que têm sido feitas em Thonis-Heracleion durante uma escavação de 13 anos. Emocionantes descobertas arqueológicas ajudam a descrever uma cidade antiga que não era apenas um centro de comércio internacional vital, mas, possivelmente, um importante centro religioso. A equipa de televisão utilizou os dados das pesquisas arqueológicas para a construção de um modelo de computador da cidade. De acordo com o Telegraph, conduzindo uma pesquisa, sugere que Thonis-Heracleion serviu como uma porta de entrada obrigatória para o comércio entre o Mediterrâneo e o Nilo.

Até agora, 64 naufrágios antigos e mais de 700 âncoras foram descobertos na zona de lama da baía. Outros achados incluem moedas de ouro, pesos de Atenas (que nunca foram encontradas em um sítio egípcio) e tábuas gigantes inscritas em egípcio antigo e grego antigo. Os investigadores pensam que esses artefatos apontam a proeminência da cidade como um importante centro de comércio.
Os investigadores descobriram também uma variedade de artefatos religiosos na cidade submersa, incluindo esculturas de pedra de 16 metros de altura que se pensa ter adornado o templo central da cidade e sarcófagos de pedra calcária que se acredita ter contido animais mumificados.

Os investigadores estão impressionados com a variedade de artefatos encontrados e quão bem preservados estes se encontram.

"A evidência arqueológica é simplesmente impressionante", Professor Sir Barry Cunliffe, da Universidade de Oxford arqueólogo que fez parte na equipa de escavação, disse em comunicado obtido pelo The Huffington Post. "Ao ficar intocados e protegidos pela areia no fundo do mar, durante séculos, eles estão brilhantemente preservados."

O grupo de investigadores apresentou as suas descobertas numa conferência da Universidade de Oxford na escavação Thonis-Heracleion no início deste ano. Mas, apesar de toda a excitação sobre a escavação, o mistério sobre Thonis-Heracleion permanece em grande parte sem solução: Porque motivo ele afundou? A equipa de Goddio sugere que o local terá afundado em consequência de um terremoto, pelo peso das grandes edificações em barro da região e do solo de areia da zona. 


http://www.portaluniversidade.com.br/noticias-ler/cidade-egipcia-e-revelada-apos-1-200-anos-submersa-no-mar-mediterraneo-veja-o-video-/6510

VIDEOS: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=jQez7ojgQDk
http://www.youtube.com/watch?v=6n5Bb_UOS4I&feature=player_embedded

terça-feira, 16 de abril de 2013

Call for Applications: Basic Underwater Archaeology Course 2013 (Inglês)


The International Centre for Underwater Archaeology Zadar (ICUA) is organising a 2-week basic training course on underwater archaeology, due to take place in Zadar, Croatia, on 3–15 June 2013. The course is organized with the support of the UNESCO Regional Bureau for Science and Culture in Europe, Venice (Italy).

The course will consist of theoretical and practical (hands on) instruction in the basic techniques of underwater archaeological excavation. Archaeologists from ICUA, Han-Vrana and the University of Zadar will conduct theoretical lessons, complemented by courses in diving and specialty diving according to the requirements of the SSI or PADI system. Practical instruction will take place in the frame of archaeological researches in the Pakoštane, Zadar environs, in order to allow the participants acquire the best possible knowledge of basic research techniques.
The course’s expected beneficiaries are archaeologists who have no or scarce diving experience, as well as experts in different disciplines (conservators, geologists, marine biologists, etc) who are interested in developing multidisciplinary skills and participate in underwater archaeology researches. Participation costs, intended as board and lodging for the participants, plus teaching activities and use of diving equipment during the course, will be covered by the organizers. Participants will be admitted to the study programme based on the specific requirements that apply.
Participants
The maximum number of trainees will be of 6 persons.

Participation costs for a maximum of 4 applicants will be covered by the organizers, according to the provisions of session 3 of this Call for Applications. NB: only citizens of the following countries are eligible for requesting the coverage of participation costs: Albania, Bosnia and Herzegovina, Bulgaria, Croatia, Cyprus, Greece, Montenegro, Republic of Moldova, Romania, Serbia, Slovenia, The former Yugoslav Republic of Macedonia, and Turkey.
2 posts will be reserved for additional participants willing to cover their own participation costs, irrespectively of their country of provenance.
Expected profile of participants: archaeologists (including researchers, or university students enrolled in study courses for 2nd level degrees) with no or scarce diving experience, as well as experts in different disciplines (conservators, geologists, marine biologists, etc.) who are interested in developing multidisciplinary skills and participate in underwater archaeology researches. 
Language skills: participants must be proficient in the English language, English being the working language of the course.

Participation costs
Selected applicants will receive, free of charge:
  • Accommodation (board and lodging) during the course
  • Local transfers to the training sites
  • SSI/PADI manual
  • NAS manual
  • UNESCO manual on CD
  • Rented diving equipment (optional)
  • Insurance against diving accidents and injury
  • SSI/PADI Diving Certificates (optional)
  • ICUA certificate of attendance and successful completion of the course
Selected applicants will NOT receive:
  • reimbursement or contributions for their travel to/from Zadar
  • any daily allowance or other forms of additional financial support during the course.
Additional participants covering their own costs should apply for the rates.
Tentative Programme
Programmed activities will include:
  • Week one (3-8 June). This part is optional, for participants with no or scarce diving experience: basic diving training for those who do not have diving category or wish to advance in the category or add diving specialty. The course is conducted in English, according to SSI or PADI methodology. It will be possible to attend one of the following courses: Open Water Diver, Stress & Rescue Course, CPR & First Aid Course, or Specialty Courses (Night dive, Boat Diving, Navigation, Wreck Diving, Deep diving, etc.). Courses in theoretical and practical part will be led by SSI/PADI certified instructors. Participants completing any of these courses will receive an official SSI/PADI Certificate
  • Week two (10-15 June): course on underwater archeology. The theoretical part of the course will be conducted at ICUA Zadar, and a practical part in Pakoštane, at the archaeological site. Lectures will be conducted according to the ICUA program for underwater archeology, and expanded on basis of underwater archeology at the University of Zadar. All participants will take part in archaeological excavations of the ancient site for on-site training. Participants completing this course will receive an ICUA official certificate of successful course completion.
Para continuar a ler: