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terça-feira, 12 de abril de 2016

APORVELA e Escola Náutica juntas a bordo da The Tall Ships Races Lisboa 2016

Objectivo da parceria é o de colocar 500 tripulantes portugueses a navegar durante a regata Antuérpia – Lisboa – Cádiz – Corunha.

Associação Portuguesa de Treino de Vela – APORVELA – e a Escola Náutica Infante D. Henrique estabeleceram uma parceria com um fim muito especifico: promover o embarque de jovens tripulantes na The Tall Ships Races Lisboa 2016. A associação surge no decorrer do programa APORVELA Jovem, que se destina a proporcionar treinos de vela e experiências de mar aos jovens. Programa que permite que jovens, que não necessitam de ter qualquer tipo de experiência de mar para se inscreverem, participem, durante o tempo que estão a bordo, em todas as actividades que tornam possível a navegação do navio.
A parceria agora anunciada tem como meta o ultrapassar a fasquia de ter 500 tripulantes portugueses a navegar durante a regata Antuérpia – Lisboa – Cádiz – Corunha.
Para ajudar a promover a The Tall Ships Race Lisboa 2016 e ajudar a alcançar “o” objectivo a APORVELA estará, no próximo dia 13 de Abril, no no Seminário “Náutica de Recreio” e na entrega de prémios da XII Regata da ENIDH & COMM, organizado pela Escola Náutica.A The Tall Ships Races 2016 chega a Lisboa a 22 de Julho e tem como co-organizadores a Câmara Municipal de Lisboa, a Administração do Porto de Lisboa, o Lisbon Cruise Terminals e a APORVELA – Associação Portuguesa de Treino de Vela.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Ilhas de plástico - Que fazer? - Lisboa

























O lixo marinho é um problema global, com impacto na biodiversidade e nos ecossistemas do meio marinho, na economia e na saúde das populações. O que fazer para solucionar este problema? Assista à conferência com Lia Vasconcelos, investigadora do Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e do IMAR – Instituto do Mar. 

Inscrições emhttp://bit.ly/1yDS3l4

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Núcleo museológico dedicado aos descobrimentos portugueses

No dia em que se assina o Dia da Marinha, dia 22 de maio, a Câmara Municipal de Lisboa, a Marinha Portuguesa, a Associação Turismo de Lisboa (ATL) e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa assinaram um protocolo, com o propósito de construir na Ribeira das Naus, um núcleo museológico dedicado aos Descobrimentos Portugueses – “Polo Descobrir”.
Assinaram o protocolo, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, o Chefe do Estado-Maior da Armada, Macieira Fragoso, o diretor-geral da ATL, Vitor Costa e o Prof. Doutor João Costa, diretor da FCSH.
“No nosso país não temos muitas histórias para contar ao mundo mas temos uma grande história única contar e chegou o momento de dar a conhecer. Este projeto fará nascer, na Doca Seca, local onde eram construídas as embarcações no século XVIII, a reprodução de uma nau, em que se mostrará como é que ela era construída, como se preparavam as viagens, como é que se preparava aquilo que deu numa descoberta, os descobrimentos portugueses" explicou Fernando Medina.
No discurso que proferiu, Fernando Medina explicou que aquilo que se pretende com este investimento não é criar “um museu dos Descobrimentos, hegemónico”, mas sim “um elemento que contribua para contar bem essa história”. A expectativa do presidente da autarquia é que o passo agora dado seja “o primeiro de um projeto mais ambicioso”, que passe pelo surgimento de vários “pólos museológicos” sobre esta temática “unidos em rede”.
Pela parte da Marinha, o chefe do Estado-Maior da Armada defendeu que o núcleo museológico que vai ser criado vai “dar um novo ímpeto à difusão da história portuguesa, em particular da marítima”. O almirante Luís Macieira Fragoso manifestou ainda satisfação com o trabalho já feito na Ribeira das Naus, sublinhando que tem havido “uma adesão massiva dos cidadãos de Lisboa e de todos aqueles que nos visitam” ao espaço, que foi requalificado nos últimos anos. 
Com conclusão da obra prevista para o verão de 2016, a criação do núcleo museológico será em terrenos municipais ou cedidos ao município com múltiplas vertentes, particularmente de âmbito científico e cultural. Terá uma programação regular e será integrado na oferta cultural e turística da cidade de Lisboa.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

CONFERÊNCIA "UNDERWATER CULTURAL HERITAGE" - FIL


UNESCO |4th of June . Lisbon, FIL, Auditorium 3
Programme
11h30 - Opening session
Ambassador Ana Martinho - President of the Portuguese National Commission for UNESCO

11h40 - Communications
Drª Catarina Coelho – Director of the Department of Cultural Property – Direção Geral do Património Cultural (DGPC)
The implementation of the 2001 Convention in Portugal

11h55
Comandante Augusto Salgado – Sub Director of Naval Research Centre (CINAV)-  Naval Academy
The Underwater Cultural Heritage and the contemporary era

12h10
Prof. João Paulo Oliveira e Costa- Director of the Portuguese Centre for Global History (CHAM) – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCHS/NOVA)
Presentation of the UNESCO Chair “The Ocean´s Cultural Heritage”

12:25
Dr. José Bettencourt – History Department/Nautical and Underwater Archaeology - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH/NOVA)
The Underwater cultural Heritage in Portugal – new challenges, which perspectives?

Moderator: Comandante Aldino Santos de Campos - Head of the Portuguese Task Group for the Extension of the Continental Shelf



quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Ciclo de debates - Conversas a bordo: "Arquivos e documentação histórica"



Dia 4 de Dezembro, Quinta-feira, às 18h00, debate sobre «Arquivos e Documentação Histórica», com os oradores André Teixeira (CHAM/UNL), Patrícia Carvalho (CHAM/UNL) e Paulo Alexandre Monteiro (IAP/UNL).
Ciclo de Debates "Conversas a Bordo" promovido pelo Museu Nacional de Arqueologia e pelo Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática, da Direção-Geral do Património Cultural.
Pode assistir e participar em directo via internet no canal do EuroVision Museum Exhibiting Europe: http://ustre.am/1isEo

sexta-feira, 22 de março de 2013

Entre ânforas e cerâmicas escondia-se parte de uma embarcação romana

Peça foi encontrada em Lisboa, num fundeadouro usado pelo menos entre os séculos I a.C. e V d.C.

É um achado de extrema raridade aquele que os arqueólogos fizeram na Praça D. Luís I, em Lisboa: a madeira com cerca de 8,5 metros de comprimento que tinha sido encontrada entre meia centena de ânforas e algumas peças de cerâmica é parte de uma embarcação romana que terá navegado no Atlântico. 
Esta peça de madeira foi descoberta durante a construção de um parque de estacionamento subterrâneo, junto à Avenida 24 de Julho, no interior de uma área que os arqueólogos já tinham identificado como tendo sido um fundeadouro (um local de ancoragem de embarcações) pelo menos entre os séculos I a.C. e V d.C. Desde cedo, os técnicos perceberam que se tratava de uma peça náutica, mas só investigações subsequentes permitiram determinar que o vestígio em causa era parte de um navio e não de uma estrutura portuária, hipótese que tinha sido igualmente equacionada.
"Estamos na presença de uma peça inequivocamente naval, de uma embarcação romana", afirmou ao PÚBLICO o coordenador dos trabalhos, que estão a ser desenvolvidos pela empresa ERA-Arqueologia em colaboração com o Centro de História de Além-Mar, da Universidade Nova de Lisboa e da Universidade dos Açores. Alexandre Sarrazola explicou, durante uma visita às escavações, que esta seria "uma peça para fazer a ligação das tábuas do forro e destas à quilha", "num tipo de construção shell first [em que o barco começa a ser construído pelo casco]". Quanto à dimensão do navio, aquilo que se pode dizer por enquanto é que, a julgar pelo comprimento da madeira descoberta, teria "dimensões consideráveis".
"Este não é um achado isolado. Foi registado num contexto, de fundeadouro, que do ponto de vista histórico é exclusivamente romano", sublinha o arqueólogo. Esse facto contribui aliás para tornar esta descoberta única, já que num outro caso registado em 2002 no estuário do rio Arade, no Algarve, foi também encontrado um pedaço de uma embarcação romana (com cerca de 35 centímetros de comprimento) mas de forma isolada, fora de qualquer contexto arqueológico.
De 2002 a 2003 foram ainda descobertas, desta vez no rio Lima, em Viana do Castelo, duas pirogas monóxilas (esculpidas num único tronco). Os resultados da datação feita a amostras dessas embarcações permitiram concluir que seriam do século II a.C.
Cristóvão Fonseca, investigador do Centro de História de Além-Mar, explica que o rio Arade e o rio Lima são os únicos dois casos documentados em Portugal de descoberta de embarcações, ou parte delas, que se supõe serem da época romana. O arqueólogo destaca a importância do achado agora feito na Praça D. Luís I: "É a primeira madeira de navio encontrada em contexto que podemos dizer que é romana. No Mediterrâneo há barcos inteiros, mas no Atlântico este é um dado muito importante. Não se conhece mais nada com estas características na faixa atlântica."
"É um achado de extrema raridade, para não dizer único", afirma também Alexandre Sarrazola, acrescentando que estamos na presença de "um elemento fundamental no contributo para a narrativa da história de Lisboa no que concerne à sua vocação marítima milenar". "É um achado de grande importância", atesta a directora do Departamento dos Bens Culturais da Direcção-Geral do Património Cultural, Catarina Coelho, destacando que se trata de algo "único no nosso território".
Os trabalhos arqueológicos na Praça D. Luís I, que se prolongaram por quase dois anos e estão agora a terminar, permitiram revelar, além do fundeadouro romano e dos vestígios nele encontrados, uma grade de maré do século XVII (para reparação naval ou lançamento de embarcações) e restos de outras estruturas, como uma escadaria e um paredão do Forte de S. Paulo (século XVII), parte do cais da Casa da Moeda (século XVIII) e fornalhas da Fundição do Arsenal Real (século XIX).

Só um troço será preservado

Os técnicos da empresa ERA-Arqueologia tinham, segundo o arqueólogo Alexandre Sarrazola, recomendado que a madeira  encontrada na Praça D. Luís I fosse integralmente conservada, dada a sua "inequívoca importância patrimonial e científica". Mas a decisão da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), ontem transmitida ao PÚBLICO, foi outra: só um dos cinco troços em que foi seccionada a peça que pertenceu a uma embarcação romana será preservado.

A directora do Departamento dos Bens Culturais da DGPC explicou que essa decisão foi tomada atendendo ao "muito mau estado de conservação" da madeira, que esteve submersa e depois envolta em lama, e que foi atacada pelo teredo, um molusco subaquático. "Isto não implica que todo o registo da peça não esteja já feito", sublinha Catarina Coelho, acrescentando que foram recolhidas várias amostras da madeira, por exemplo para a realização de análises que permitam fazer a sua datação.

"A nossa expectativa é conseguirmos tratar dela o melhor possível para que no futuro tenha condições para ser exposta, com toda a informação produzida no âmbito da sua recolha", diz a dirigente da DGPC, adiantando que até lá a peça ficará armazenada nas instalações da Divisão de Arqueologia Náutica e Subaquática no Mercado Abastecedor da Região de Lisboa, num tanque já preparado para o efeito.

Também o coordenador dos trabalhos arqueológicos na Praça D. Luís I defende a musealização deste achado. "Consideramos que esta peça, acompanhada da sua explicação, tem um interesse museográfico inegável", diz Alexandre Sarrazola.

http://www.publico.pt/local-lisboa/jornal/entre-anforas-e-ceramicas-escondiase-parte-de-uma-embarcacao-romana-26254863

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Fundeador romano encontrado em Lisboa é achado extraordinário

Escavações arqueológicas na praça D. Luís, em Lisboa, revelaram um fundeador romano, com mais de 2000 anos, um achado raro e extraordinário, que reflecte, de forma muito rica, a história da cidade, salientou à Lusa o arqueólogo Alexandre Sarrazola.
O fundeador, como é designado no meio arqueológico, é um espaço à beira da costa, onde os navios ancoravam temporariamente para descargas, trânsito de passageiros e para concretizarem várias operações, como reparações. Este fundeador é datado pelo arqueólogo, entre o século I antes de Cristo e o século V."Esta zona, agora a 100 metros de distância da actual rua da Boavista, então zona de praia, constituía uma pequena baía onde os navios romanos fundeavam" e, no trânsito de cargas e passageiros, deixaram cair matérias ou até se libertaram delas.
Estes materiais que o lodo ajudou a preservar, permitem hoje determinar "uma dinâmica comercial, que dá já conta de Lisboa como uma placa giratória na economia do Império Romano, e já nos dá uma dimensão atlântica".
O arqueólogo lidera uma equipa que há dois anos escava esta área, na zona do Cais do Sodré, e que será um futuro parque de estacionamento.
Esta campanha de escavações trouxe à luz do dia outras realidades posteriores ao Império Romano, como navios do século XVII e uma grade de maré.
O fundeador é "um achado inusitado pela sua raridade", disse Sarrazola, que sublinhou a sua importância "do ponto de vista cientifico" pelos "contributos para a nossa história".
O arqueólogo referiu-se ao achado como "inestimável e de uma raridade notável".
Dados os materiais encontrados, de diferentes origens, e o contexto arqueológico encontrado, levam Sarrazola a argumentar que "a diversidade cultural, que nos enriquece e caracteriza, esse mosaico de influências, pode ser ancorado em tempos mais antigos, certamente da ocupação romana".
Entre os artefactos romanos há ânforas de várias produções, desde o interior da Hispânia ao Sul da Gália, Norte de África e até da Península Itálica, além das ânforas de fabrico na Lusitânia.
Estas ânforas eram os "contentores da época, nomeadamente, neste caso, para preparados de peixe, nomeadamente sardinha", de que se conhecem fábricas de salga na actual baixa e zona de Belém, explicou o arqueólogo Jorge Parreira, que integra a esquipa de escavações.
"As ânforas tinham, em média, a capacidade 45 litros, eram produzidas na Lusitânia, nomeadamente na margem sul do rio Tejo", mas foi também encontrada uma ânfora de finais do século I antes de Cristo, "que transportaria, provavelmente, vinho de Itália", referiu Jorge Parreira, arqueólogo da equipa.Foram também encontrados artefactos de cerâmicas sigilatas, nomeadamente da baixela de consumo dos próprios navios, ou para consumo das elites locais que "não seriam tão abastadas quanto isso", disse Sarrazola
No espaço escavado, foi encontrada "uma sucessão de estruturas arquitectónicas e portuárias que reflectem, de uma forma muito rica, a História de Lisboa".
O arqueólogo referenciou as diferentes estruturas encontradas, do século XIX para períodos mais recuados: "O famoso aterro da Boavista de 1855-1863, os alicerces da fundição do Arsenal Real, a estrutura portuária da Casa da Moeda, esta do século XVIII, a estrutura portuária do Forte de S. Paulo, do século XVII, e coevos desta época, uma outra pequena estrutura portuária e uma grade de maré ou rampa de estaleiro".
Esta grade de maré serviu de protector destes vestígios romanos, quando do maremoto que se seguiu ao terramoto de 1755, disse o arqueólogo.
Dada a importância dos achados arqueológicos encontrados, Alexandre Sarrazola alertou para a necessidade de "uma articulação entre a política de património e a de ordenamento de território, nomeadamente quando são revistos os Planos Directores Municipais ou quando se fazem planos de pormenor". Nesses casos, adiantou, "é fundamental ter-se em conta, particularmente na zona ribeirinha de Lisboa, a probabilidade da reincidência de achados desta natureza".
Para Sarrazola, "este tipo de intervenções" arqueológicas e os estudos que delas resultam só fazem sentido "se forem amplamente divulgados e se servirem para contar uma história para todos, de um passado que é de todos, e se sedimentarem aquilo que é uma memória colectiva".
"Só faz sentido fazer arqueologia quando essa arqueologia entronca na memória colectiva", rematou.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Museu de Marinha comemora 150 anos





Durante este ano o Museu de Marinha irá comemorar 150 anos de existência, foi criado por decreto de 22 de julho de 1863. Começou por ser um museu didático, ligado à Escola Naval. Ao longo deste século e meio de existência viu a sua coleção crescer significativamente, facto que implicou a transferência do espólio para instalações com a dimensão adequada. Desde 1962 encontra-se em Belém, numa ampla área que inclui as alas norte e poente do Mosteiro dos Jerónimos.







Para assinalar o sesquicentenário do Museu de Marinha será concretizado um vasto conjunto de iniciativas, das quais se destacam as seguintes:

• Entre 02 de fevereiro e 24 de junho – atividade projeto “o Museu de Marinha faz anos”, destinada a crianças e jovens:
- Projeto dirigido à comunidade escolar, com realização de trabalhos pelos alunos das escolas aderentes. Os trabalhos serão expostos no Museu de Marinha, no final do ano letivo;
- Realização de concerto pela Banda da Armada, dirigido aos mais jovens, em 2 de fevereiro, no Pavilhão das Galeotas;

• 1 de fevereiro a 1 de abril – Concurso de fotografia;
 - 1 de abril a 30 de maio– Exposição das fotografias a concurso;

• Junho – Lançamento da versão em língua inglesa do livro «Tesouros do Museu de Marinha» (Edições Culturais da Marinha);

• Data a definir – Inauguração do polo museológico naval constituído pela Fragata D. Fernando II e Glória e pelo submarino Barracuda, ambos em doca seca em Cacilhas;

• 20 de julho – Regata evocativa, organizada pela «Marinha do Tejo»;

• 22 de julho – Sessão Solene, descerramento de placa alusiva e inauguração da exposição «Museu de Marinha – 150 Anos» que estará patente até 30 de setembro, na Sala D. Luís do Museu;

• 15 de agosto a 1 de setembro – “Feira do Livro do Mar”, no Museu de Marinha;
• 8 a 15 de setembro – Realização do International Congress of Maritime Museums 2013, cujo programa específico inclui eventos no Museu de Marinha.


Link: http://www.marinha.pt/PT/noticiaseagenda/noticias/Pages/MuseudeMarinhacomemora150anos.aspx





quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Jornada comemorativa do Dia Nacional do Mar - Sociedade de Geografia de Lisboa

 Sociedade de Geografia de Lisboa, 16 de Novembro de 2012 (6.ª feira)

A Sociedade de Geografia de Lisboa organiza uma jornada comemorativa do Dia Nacional do Mar sob o tema “O Oceano: Literacia e Cidadania”.



Programa:
10h00, no átrio – cerimónia de aposição inaugural do carimbo comemorativo do Dia Nacional do Mar junto ao posto de correio montado no átrio da Sociedade de Geografia de Lisboa (SGL).
O carimbo, cujo desenho representa um varino, foi criado por especial deferência da Direção de Filatelia dos CTT – Correios de Portugal, SA, que deste modo confere dignidade filatélica ao evento.
Das 10h00 às 17h00, no átrio – funcionamento do posto de correio para aposição do carimbo comemorativo, sendo graciosamente facultados exemplares de um bilhete-postal que reproduz o cartaz do Dia Nacional do Mar. A edição dos bilhetes-postais deve-se ao apoio concedido pelo Instituto Hidrográfico.
10h30, no átrio – inauguração da mostra “O Varino do Tejo”, patente no átrio até 23 de Novembro.
Das 14h00 às 16h30, no auditório Adriano Moreira – colóquio “O Oceano: contributo para a criação de ambientes literatos”
Palavras de abertura pelo Presidente da SGL, Prof. Catedrático Luís Aires-Barros.
Sob a moderação do Contra-Almirante José Bastos Saldanha, Presidente da Secção de Geografia dos Oceanos da SGL, apresentação de breves comunicações (12/15 min) sobre projetos institucionais ligados ao mar e sua perceção ao desafio da literacia:

(i) “A Estratégia Nacional para o Mar: O projeto Kit do Mar”, Dr.ª Raquel Costa, responsável pelo Projeto, Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental;
(ii) “A Agência Ciência Viva: projeto Conhecer o Oceano”, Dr.ª Margarida Suarez, Equipa de Projetos Ciência Viva;
(iii) "O Centro de Oceanografia da Faculdade de Ciências de Lisboa: Ciência e Sociedade",
Prof. Doutor Carlos Assis, docente e investigador no Centro;
(iv) “O Fórum Empresarial da Economia do Mar: assunção responsável de ocean sustainability and stewardship”, Eng. Fernando Ribeiro e Castro, seu Secretário-Geral;
(v) “A Mútua dos Pescadores: projeto cooperativo e implicações sociais e culturais”, Dr.ª Cristina Moço, Diretora de Acção Social Cooperativa e Formação da Mútua;
(vi) “O Museu Joaquim Manso da Nazaré: projeto museológico e comunidade”, Dr.ª Dóris Simões dos Santos, sua Diretora;
(vii) “Patrimónios, identidades e culturas ribeirinhas: memórias taganas”, Sr. Marcolino Fernandes, erudito de Sarilhos Pequenos, autor do livro “Memórias de Fragateiros”.

Segue-se um período de debate e, no seu termo, o moderador encerra o colóquio.
16h45, no auditório Adriano Moreira – sessão solene:
Conferência “Literacia e Cidadania”, pela Prof.ª Doutora Patrícia Ávila, socióloga, investigadora e docente do Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa/Instituto Universitário de Lisboa.
”O significado da comemoração do Dia Nacional do Mar em 2012, pelo CAlm. José Bastos Saldanha.
Intervenção de entidade oficial convidada.
Palavras de encerramento, Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa, Prof. Catedrático Luís Aires-Barros.

Sociedade de Geografia de Lisboa
Rua das Portas de Santo Antão, 100 1150-269 LISBOA Tlf: 21 342 54 01 – Fax: 21 346 45 53

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Navio-escola Sagres comemora 75 anos do lançamento à água e abre a visitas em Lisboa

No próximo dia 30 de outubro o Navio-escola Sagres comemora 75 anos do seu lançamento à água. Para assinalar tão importante data na vida do Navio, irão decorrer diversas atividades de natureza social e cultural no período de 30 de outubro a 01 de novembro com o Navio atracado no cais do Jardim do Tabaco, em Lisboa, onde estará aberto a visitas.



No dia em que o navio comemora os 75 anos de vida a Marinha irá celebrar a data com uma cerimónia a bordo, do programa consta:

17h38 - Cerimónia do arriar da bandeira
17h45 - Chegada do Chefe do Estado-Maior da Armada ao NRP Sagres
18h10 - Início da cerimónia 
            Apresentação do livro “Sagres – Construindo a Lenda”, da autoria do Comandante Manuel Gonçalves               
            Primeira audição da peça musical "Sagres", da autoria de Jonas Runa
            Apresentação do prato comemorativo, pela PHILAE 
            Apresentação pública da medalha comemorativa, pela Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM)
            Lançamento da moeda de 2,5 euros comemorativa, pela INCM                                           
19h30 - Fim da cerimónia

Ao longo deste ano o Navio-Escola Sagres já recebeu a visita de mais de 152 mil portugueses que quiseram visitar o navio e dar os parabéns. Para culminar mais um ano memorável na sua história, a Sagres irá abrir ao público nos seguintes dias e horários:
31 outubro10h00-12h00; 14h00-17h00;
1 novembro10h00-12h00; 14h00-19h00; 20h00-23h00.
Resumo histórico do navio
O Navio-escola Sagres foi construído nos estaleiros da Blohm & Voss, em Hamburgo, em 1937, tendo recebido o nome Albert Leo Schlageter. Em 1948 entrou ao serviço da Marinha do Brasil e foi batizado de Guanabara. Em 1961 foi adquirido por Portugal com o objetivo de substituir a antiga Sagres, que já não se encontrava em condições de assegurar a continuidade das viagens de instrução, dele herdando todos os símbolos, incluindo o próprio nome.
A Sagres içou pela primeira vez a bandeira portuguesa a 8 de Fevereiro de 1962. Desde então tem assegurado a formação marinheira dos futuros oficiais da Armada, complementando assim as componentes técnica e académica ministradas na Escola Naval. Nestas funções efetuou 155 viagens, pelos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico, mares do Norte, das Caraíbas, do Japão, da China, Mediterrâneo, Arábico, Báltico, Vermelho e Amarelo. Nos 50 anos ao serviço de Portugal e da Marinha Portuguesa já realizou três voltas ao mundo, com 385 visitas a portos e cerca de 600 000 milhas navegados e é conhecido como um Embaixador Itinerante ao serviço de Portugal.
Em articulação com a Presidência da República e com o Governo, tem prestado um importante apoio à participação de Portugal em diversos eventos internacionais como a Expo Mundial em Nova Iorque (1964), o bicentenário da Independência dos Estados Unidos (1976), o bicentenário da Estátua da Liberdade (1986), o Festival Cabrilho em S. Diego (1978, 1983 e 1992), as comemorações de Jacques Cartier no Canadá (1984), as celebrações do Desembarque da Normandia em Rouen (1989), os 500 anos da descoberta da América (1992), os 450 anos da chegada dos portugueses ao Japão (1993), as comemorações do descobrimento do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama (1998), as comemorações do Descobrimento do Brasil por Álvares Cabral (2000), a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos em Atenas (2004), o bicentenário da Batalha de Trafalgar (2005), o bicentenário das independências dos países da América do Sul (2010) ou a Expo de Xangai (2010).
O NRP Sagres é, presentemente, um dos veleiros mais conhecidos em todo o mundo, tendo inclusivamente acolhido a bordo inúmeros visitantes ilustres, desde presidentes da república, primeiros-ministros, reis, príncipes, bem como figuras ímpares da cultura como a fadista Amália Rodrigues, o Captain Alan Villiers, o pintor Roger Chapelet, o jornalista Fernando Pessa ou o realizador Manoel de Oliveira, que a bordo deixaram o seu testemunho no Livro de Honra do navio.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Lisboa: Identificada rampa de lançamento de barcos do século XVI



 
Enorme rampa de lançamento de barcos do séc. XVI foi descoberta debaixo da Praça D. Luís, juntamente com vestígios de estruturas de séculos posteriores

A descoberta tem menos de um mês. Os arqueólogos encontraram uma enorme rampa de lançamento de barcos do séc. XVI junto ao mercado da Ribeira, em Lisboa. Feita com troncos de madeira sobrepostos, a estrutura ocupa 300 metros quadrados e data de uma época em que a cidade sofria os efeitos de sucessivos surtos de peste e epidemias, graças aos contactos com outras gentes proporcionados pelos Descobrimentos.

Para continuar a trazer de além-mar o ouro, a pimenta e o marfim que lhe permitiam pagar as contas, o reino investia na construção naval, e a zona ribeirinha da cidade foi designada como espaço privilegiado de estaleiros. Os relatos da altura dão conta de uma cidade cheia de escravos vindos de além-mar, mas também de mendigos fugidos do resto do país para escapar à fome.
Os arqueólogos nem queriam acreditar na sua sorte quando depararam com a rampa enterrada no lodo debaixo da Praça D. Luís, a seis metros de profundidade, e muito provavelmente associada a um estaleiro naval que ali deverá ter existido. "É impressionante: é muito difícil encontrar estruturas de madeira em tão bom estado", explica uma das responsáveis da escavação, Marta Macedo, da empresa de arqueologia Era. No Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico o achado também tem sido motivo de conversa, até porque os técnicos desta entidade foram chamados a acompanhar os trabalhos, que estão a ser feitos no âmbito da construção de um parque de estacionamento subterrâneo. A subdirectora do instituto, Catarina de Sousa, diz que esta e outras estruturas encontradas são, apesar de muito interessantes, perecíveis, pelo que a sua conservação e musealização na Praça D. Luís é "praticamente inviável". Como a escavação ainda não terminou, os arqueólogos acalentam a esperança de ainda serem brindados, em níveis mais profundos, com algum barco submerso no lodo, como já sucedeu ali perto, tanto no Cais do Sodré como no Largo do Corpo Santo e na Praça do Município. "É possível isso acontecer", admite Catarina de Sousa.
Musealização em estudo

No séc. XVI toda a zona entre o mercado da Ribeira e Santos era de praias fluviais. Mas não era para lazer que serviam os areais banhados pelo Tejo. Na História de Portugal coordenada por José Mattoso, Romero Magalhães conta como, poucos anos após a primeira viagem de Vasco da Gama à India, "a zona ribeirinha da cidade é devassada pelos empreendimentos do monarca [D. Manuel I] e dos grandes armadores".

Depressa surgem conflitos com a Câmara de Lisboa, ao ponto de o rei ter, em 1515, retirado ao município a liberdade de dispor das áreas ribeirinhas para outros fins que não os relacionados com o apetrecho e reparação das naus, descreve o mesmo autor. São as chamadas tercenas, locais dedicados à função naval e representados em vários mapas da época. Mais tarde a mesma designação passa a abranger também o lugar onde se produziam e acondicionavam materiais de artilharia.
O espólio encontrado pelos arqueólogos inclui uma bala de canhão, um pequeno cachimbo, um pião, sapatos ainda com salto - na altura os homens também os usavam -, restos de cerâmica e uma âncora com cerca de quatro metros de comprimento, além de cordame de barco. Também há uma casca de coco perfeitamente conservada, vinda certamente de paragens exóticas para as quais os portugueses navegavam.
Um relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos em curso explica como a zona da freguesia de S. Paulo se transformou de um aglomerado de pescadores, fora dos limites da cidade de Lisboa, num espaço importante para a diáspora: "A expansão ultramarina contribuiu para uma reestruturação do espaço urbano de Lisboa, que se organiza desde então a partir de um novo centro: a Ribeira". Em redor do Paço Real reúnem-se os edifícios administrativos. "É na zona ocidental da Ribeira que a partir das doações de D. Manuel se irão instalar os grandes mercadores e a nobreza ligada aos altos funcionários de Estado, que irão auxiliar o rei (...) na expansão ultramarina e na centralização do poder", pode ler-se no mesmo relatório.
A escavação detectou ainda restos de outras estruturas mais recentes. É o caso de uma escadaria e de um paredão do Forte de S. Paulo, um baluarte da artilharia costeira construído no âmbito das lutas da Restauração, no séc. XVII. E também do vestígios do cais da Casa da Moeda, local onde se cunhava o metal usado nas transacções. Por fim, foram descobertas fornalhas da Fundição do Arsenal Real, uma unidade industrial da segunda metade do séc. XIX.
"Esta escavação vai permitir conhecer três séculos de história portuária", sublinha outro responsável pela escavação, Alexandre Sarrazola. Embora esteja ciente de que a maioria dos vestígios terá ser destruída depois de devidamente registada em fotografia e desenho, o arqueólogo diz que algumas das peças encontradas poderão vir a ser salvaguardadas e mesmo integradas no projecto do estacionamento, como já sucedeu com os vestígios do parque de estacionamento subterrâneo do Largo do Camões - ou então transportadas para um museu.
"Face ao desconhecimento do que ainda pode vir a ser encontrado por baixo da estrutura de madeira do séc. XVI está tudo em aberto", salienta, acrescentando que a decisão final caberá ao Instituto do Património Arquitectónico e Arqueológico.