sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O mar para lá das palavras


O Governo reconhece a importância do estudo do território para “mapeamento” dos potenciais recursos, mas não vê as geociências como prioritárias. Lamento dizer, mas sem geólogos e geofísicos, espécies em extinção no território nacional, não se chega ao “filão”.
Já alguém disse que, quando se fala do mar, é porque não se tem tema. Concordo em parte. Assim como se enjoa no mar, enjoa ouvir falar do mar sustentando no vazio a sua importância. É incontornável a fantástica herança histórica que nos fixa como uma âncora a este mar português. Mas é trágica a realidade da nossa actual frota pesqueira. E não só. Felizmente, operadores públicos e privados contrariam a inércia estabelecida e desenvolvem projectos inovadores nas mais variadas áreas ligadas ao mar, desde o transporte marítimo e o turismo náutico até às energias renováveis. Estas iniciativas são geradoras de emprego. Mas estes operadores não conseguem sozinhos virar a balança. Portugal, o seu Governo, terá de actuar numa só voz, agindo e agindo e desbloqueando.
Falando dos recursos do (e no) mar, um país pequeno como Portugal tem no mar uma das maiores zonas económicas exclusivas do mundo. E sabemos hoje que há um enorme potencial de riqueza de recursos vivos e não vivos distribuídos por toda essa imensa área. A proposta de extensão da plataforma continental submetida por Portugal às Nações Unidas, se aceite, irá dar ao país a jurisdição sobre os recursos do leito e subsolo marinho numa área de 3,8 milhões de quilómetros quadrados.




quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Photo Exhibit on the underwater cultural heritage of the world

In the framework of the Extrabudgetary project “Capacity building, implementation actions and increase ratification schemes for the 2001 Convention for the Protection of the Underwater Cultural Heritage in Latin America and the Caribbean” financed by the Spanish government, the Regional Office for Culture for Latin America and the Caribbean of UNESCO is organization a photographic exhibit of large size photographs depicting emblematic sites of the underwater cultural heritage of the world.These large-size, high resolution photographs will cover the fences of the Castillo de la Real Fuerza, located in one of the most visited plazas of the city and bordering the Avenida del Puerto, popular for strollers and tourists. The exhibit consists of 30 photos and explanatory panels on the UNESCO 2001 Convention for the Protection of the Underwater Cultural Heritage emphasizing on the underwater cultural heritage of the Caribbean and Latin America. The museum housed in this emblematic fortified castle of the colonial period, is dedicated to the study of navigation, underwater archaeology and maritime history. The outside fences of the castle have served in the past for exhibits that have been met with great success. This photo exhibition on selected underwater cultural heritage sites illustrates the beauty of the traces of human existence covered by water. From ancient shipwrecks to underwater caves, the exhibition is an insight to the diversity of the underwater cultural heritage and its astonishing condition of conservation through the centuries of time, or even millennia.

http://en.unesco.org/events/photo-exhibit-underwater-cultural-heritage-world

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Lançamento do Livro "Estudos da náutica e das navegações de alto-mar"







O lançamento do livro "Estudos da náutica e das navegações de alto-mar" do Capitão-de-mar-e-guerra de autoria de José Manuel Malhão Pereira, terá lugar no dia 19 de Dezembro de 2012, com início às 17h30 horas, na Sala de Leitura da Biblioteca Central da Marinha. A obra será apresentada pelo Professor Doutor João Gomes Ferreira.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Arqueólogos investigam embarcação naufragada na península de Tróia


TRÓIA – De 1 a 5 de Dezembro, uma equipa composta por arqueólogos, conservadores, biólogos, geólogos e mergulhadores esteve a desenvolver trabalhos subaquáticos numa embarcação naufragada fora do Estuário do Sado e na proximidade da Península de Tróia, que se prevê ser um dos últimos navios portugueses à vela – provavelmente datado do séc. XIX.
De fundamental importância histórica, esta embarcação, identificada como caso de estudo Navio Tróia 1, aparenta ser um veleiro (lugre) construído, integralmente, em madeira.

Estes cinco dias de trabalho em Tróia tiveram como objectivo descobrir as respostas a temas essenciais: que navio era este, o porquê do seu naufrágio, qual o seu propósito e desde quando se encontrava naquele local concreto.
Adolfo Martins, Arqueólogo e Director do Projecto de investigação do caso de estudo Navio Tróia 1, explica: “para que estas respostas fossem achadas, constituímos três equipas em cada saída diária para o mar. Conseguimos, depois de quatro mergulhos, efectuados ao longo dos 5 dias de campanha (porque o último dia foi dedicado à finalização da campanha), executar um conjunto ampliado de iniciativas.”
Adolfo Martins continua: “Definimos o raio de dispersão dos vestígios, identificámos as peças estruturais do navio para interpretar a sua tipologia, realizámos registos multimédia dos vestígios e analisámos a deposição dos destroços para investigar o modo como a embarcação naufragou e como se fixaram as peças no solo e no subsolo.”
Durante a semana passada, e com uma visibilidade subaquática superior a 10 metros, foi possível identificar com rigor, a cerca de 6 metros de profundidade, as partes estruturais do navio e perceber a dispersão dos mesmos. Uma das principais conclusões desta investigação foi a percepção dos quatro núcleos do Navio Tróia 1:O Conservador Responsável, Cláudio Monteiro, acrescenta ainda que: “Observaram-se vários tipos de materiais, em diferentes graus de estado de conservação, nomeadamente, as estruturas do navio, em madeira, que registam uma excelente estado de preservação.”

  • 1º Núcleo – Significativa parte estrutural do navio, com duas âncoras e amarra.
  • 2º Núcleo – Uma âncora e o seu cepo em madeira.
  • 3º Núcleo – Grupo de cavernas.
  • 4º Núcleo – Grupo composto pela quilha.
Para : “Estes trabalhos pretendem auxiliar a compreensão das rotas comerciais e marítimas, da região do Sado, durante o século XIX.” Termina: “Esta investigação, que se iniciou em Maio de 2012, está a ser desenvolvida no âmbito da formação do curso de pós-graduação de Arqueologia Subaquática e de um projecto de dissertação de mestrado em História, Arqueologia e Património, no Instituto Politécnico de Tomar e na Universidade Autónoma de Lisboa.”
Através desta equipa interdisciplinar – composta por especialistas do meio subaquático e por alunos estagiários – que contou com o apoio logístico de várias entidades, foi possível conhecer melhor esta embarcação. No navio naufragado identificaram-se diversos objectos: curvas de alto, roda de proa, pavimento, sobrequilha, 7 âncoras, 1 guincho da amarra, 4 bigotas, 1 cabo, diversas cavilhas de ferro e de bronze, 1 placa de chumbo e uma chaleira.
http://local.pt/arqueologos-investigam-embarcacao-naufragada-na-peninsula-de-troia/

sábado, 8 de dezembro de 2012

II Colóquio "Arqueólogos e Arqueologia do Mar"

A 23 de Janeiro de 2013, realiza-se na Escola Naval no Alfeite o II Colóquio "Arqueólogos e Arqueologia do Mar", dividido em três painéis de conferências.


sábado, 1 de dezembro de 2012

Série Mar Português: pesca, um mar de oportunidades perdidas

A indústria da pesca não tem conseguido responder à mudança, nem seguiu os exemplos da Espanha e do Canadá, que reagiram quando o bacalhau começou a desaparecer do mar e as quotas de pesca começaram a cair. Desde o início dos anos 1990 que a frota portuguesa perde dimensão. Só entre 1993 e 2011, perdeu um terço dela e todos os anos a receita de Bruxelas é cortar nas quantidades de apanha.

Para ver o video: http://www.publico.pt/multimedia/video/serie-mar-portugues-pesca-um-mar-de-oportunidades-perdidas-634898107733811228 

El tesoro del Odyssey irá al Museo de Arqueología Subacuática de Cartagena


El tesoro de la fragata "Nuestra Señora de las Mercedes", extraído del fondo del mar por la empresa cazatesoros Odyssey y recuperado, tras una ardua batalla legal, por el Estado español, será custodiado en el Museo de Arqueología Subacuática de Cartagena (Murcia).
Lo ha anunciado el director general de Bellas Artes y Bienes Culturales, Jesús Prieto, quien ha comentado que el cargamento estará en el ARQUA antes de final de año.
Prieto dice que el ARQUA es el sitio lógico y ha destacado que este museo es centro de referencia en la protección y restauración del patrimonio subacuático. Además ha destacado que este centro es el lugar perfecto ya que parece que se hubiera creado, en su día, para albergar este cargamento.
También se ha anunciado que otras instituciones museísticas de distintos territorios tendrán la posibilidad de exhibir el tesoro ya que se plantean hacer exposiciones itinerantes que comenzarán, según las previsiones, en el segundo semestre de 2013
La colección está formada por un total estimado de 574.553 monedas, así como otras piezas y objetos recuperados y Prieto dice que "no se puede fragmentar", aunque está está previsto que se hagan préstamos o depósitos a otras instituciones nacionales o internacionales que lo soliciten formalmente. Bolivia ya lo ha hecho.

Inalienable e indescriptible

Este tesoro, declarado Bien de Interés Cultural (BIC), pasa a ser inalienable e indescriptible, ha dicho Prieto, por lo que se encuentra fuera de todo comercio y no se adquiere derecho sobre el mismo bajo ninguna fórmula jurídica. "Es un bien al servicio de la humanidad", ha señalado Prieto.
Por otra parte, el director general ha aludido a la utilización de técnicas pioneras de detección visual que serán necesarias para catalogar las monedas de este cargamento "único", y que permitirán realizar esta labor en sólo 18 meses frente a los 20 años que supondría hacerlo con las técnicas actuales.

208 años y una batalla legal después

El tesoro de la fragata "Nuestra Señora de las Mercedes" llegará a Cartagena 208 años después de que la nave, con su valiosa carga fuera hundida en el mar en 1804 frente a la costa de Portugal. El tesoro llegó a España el 25 de febrero de 2012 desde Estados Unidos, poniendo fin así a un litigio de cinco años entre España y la empresa cazatesoros Odyssey.
En mayo de 2007, Odyssey anunció el hallazgo en aguas internacionales del Atlántico de un cargamento de monedas de oro y plata, aunque se negó a revelar la nacionalidad y localización exacta del buque en el que se encontró, lo que despertó las sospechas del Gobierno español sobre un posible expolio.
España presentó una demanda contra Odyssey en Estados Unidos para defender la propiedad del tesoro, formado por más de 500.000 monedas de oro y plata.
El 3 de junio de 2009 el juez Mark Pizzo recomendó que se entregara a España el tesoro, a lo que se opusieron Odyssey, el Gobierno peruano, que también reclamaba el tesoro, y algunos descendientes de los propietarios de la mercancía, mientras que el Gobierno de Estados Unidos se posicionó a favor de España.
El 22 de diciembre de 2009, otro juez de Tampa, Steven D. Merryday, ordenó la devolución del tesoro a España, pero la empresa Odyssey acudió al Undécimo Tribunal de Apelaciones con sede en Atlanta (Georgia). Dicho tribunal rechazó un recurso de Odyssey en noviembre de 2011 y otro el 31 de enero de 2012, decisión confirmada días después por el Tribunal Supremo de EEUU, que agotó con ello las posibilidades de la empresa para evitar la entrega del tesoro a España.
El tribunal de Tampa zanjó definitivamente la batalla judicial el 17 de febrero de 2012, cuando ordenó que se ejecutara la sentencia de la Corte de Apelaciones de Atlanta. Dicha sentencia establecía que el tesoro de "La Mercedes", valorado en más de 500 millones de dólares (385 millones de euros), pertenece a España, y que este país podía por tanto llevarlo a su territorio.
Finalmente, el 25 de febrero de 2012, dos aviones Hércules repatriaron a España el tesoro, un cargamento de 21 toneladas, integrado por más de 500.000 monedas de oro y plata, algunos tejidos, fragmentos metálicos y balas de cañón. El 7 de junio también fueron devueltas a España parte de las piezas del tesoro que habían sido depositadas en Gibraltar por la empresa.
http://www.rtve.es/noticias/20121130/tesoro-del-odyssey-ira-museo-arqueologia-subacuatica-cartagena/579441.shtml