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terça-feira, 6 de outubro de 2015

Congresso: "O mar como património cultural e natural"

Local: Almada | Academia Almadense
Datas: 8 e 9 de Outubro de 2015

O Congresso O Mar como Património Cultural e Naturalpromovido pelo Instituto de História Contemporânea, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa com o apoio da Câmara Municipal de Almada, pretende criar um balanço partilhado dos movimentos de patrimonialização e das leituras contemporâneas do mar, atendendo tanto a projectos culturais e programas museológicos como a realidades institucionais consumadas. Importa conhecer a pluralidade de agentes (Museus, Associações, iniciativas privadas, entre outros), metodologias (inventários, recolhas, arqueologia subaquática, entre outros) e discursos expositivos recentes, e conhecer, se possível, os impactos da construção de património nas comunidades locais, considerando igualmente as problemáticas do ecoturismo, turismo cultural e turismo náutico. Importa ainda assinalar os patrimónios em perigo de desaparecimento, as dificuldades na gestão de patrimónios, os processos de mudança relacionados com novas tecnologias e estratégias de divulgação e análise de públicos.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Aveiro: o património arqueológico subaquático no “QUINTAS DA RIA”


AVEIRO – A segunda sessão do “Quintas da Ria II”, ciclo de tertúlias promovido pelo grupo uariadeaveiro e pela Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro, discute o património arqueológico subaquático da Ria. A sessão decorre a 26 de março, partir das 21h15, no auditório da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. As descobertas realizadas, a preservação, a divulgação e a valorização deste riquíssimo património da Região e o que ainda está por investigar, serão os temas a abordar pelos oradores Miguel Aleluia, Fernando Almeida e Francisco Alves.
Serão expostas algumas peças originais da coleção da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro, assim como algumas réplicas de artefactos típicos provenientes da Ria. A entrada é livre e não carece de inscrição.
A moderação desta sessão do ciclo “Quintas da Ria” está a cargo de Luis Menezes Pinheiro, professor do Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro (UA) e coordenador da Plataforma Tecnológica do Mar, estrutura de interface entre a UA, a sociedade e as empresas.
Francisco Alves dirigiu o Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática e a Divisão de Arqueologia Náutica e Subaquática, foi professor da Universidade Nova de Lisboa e mantém ainda atividade como investigador desta instituição. Miguel Aleluia é assistente técnico no Museu de Aveiro, trabalhou no Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática e nas pesquisas de arqueologia subaquática na Ria de Aveiro. Fernando Almeida é professor do Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro e tem vindo a orientar pós-graduações e trabalhos de investigação em geotecnia aplicada à arqueologia. Fernando Almeida e outros professores e investigadores do Departamento de Geociências trabalharam em vários campanhas de prospeção arqueológica no fundo da Ria e que levaram à localização de antigas embarcações com vários séculos.

Grupo uariadeaveiro
O Grupo uariadeaveiro é uma estrutura dinamizada pela Reitoria da Universidade de Aveiro (UA) para mobilizar o conhecimento sobre a Ria produzido na instituição, facilitando o diálogo com os parceiros da região e ajudando na gestão deste grande conjunto de ecossistemas.
O ciclo de conversas tem como objetivo principal contribuir para a construção de valores, comunicar com a sociedade e aproximar os atores associados à Ria. “Quinta das Ria II” inclui, para além da que decorreu a 12 de fevereiro, as seguintes sessões:
– “O património arqueológico subaquático da Ria de Aveiro” (26 de março);
– “O património edificado na envolvente da Ria de Aveiro” (9 de abril);
– “O capital social e as redes de cidadãos em torno da Ria de Aveiro” (14 de maio);
– “A proteção da qualidade da água na Ria de Aveiro” (11 de junho);
– “Políticas públicas e governação partilhada na Ria de Aveiro” (9 de julho).
O primeiro ciclo “Quintas da Ria” que decorreu ao longo do ano passado, “criou uma oportunidade para a UA partilhar conhecimento científico com a região e, através dele, conversar sobre a Ria num ambiente informal e plural”, considerou Teresa Fidélis, coordenadora do Grupo uariadeaveiro num texto de opinião publicado no jornal online da UA sobre o ciclo de conversas anterior. “Procurou contribuir para enriquecer o que, individual e coletivamente, podemos fazer para valorizar, usufruir e contribuir para a gestão da Ria de Aveiro que é de todos e para todos e, por isso, a todos responsabiliza. Tratou-se de um passo num percurso que acreditamos poder prosseguir e evoluir para mobilizar e valorizar a participação cívica em torno na Ria.”, referia ainda a coordenadora.

Agradecendo a melhor divulgação deste assunto e a vossa presença na iniciativa, apresentamos os nossos cumprimentos.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Ciclo de debates - Conversas a bordo: "Arquivos e documentação histórica"



Dia 4 de Dezembro, Quinta-feira, às 18h00, debate sobre «Arquivos e Documentação Histórica», com os oradores André Teixeira (CHAM/UNL), Patrícia Carvalho (CHAM/UNL) e Paulo Alexandre Monteiro (IAP/UNL).
Ciclo de Debates "Conversas a Bordo" promovido pelo Museu Nacional de Arqueologia e pelo Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática, da Direção-Geral do Património Cultural.
Pode assistir e participar em directo via internet no canal do EuroVision Museum Exhibiting Europe: http://ustre.am/1isEo

terça-feira, 4 de novembro de 2014

"Inventário e Carta Arqueológica", dia 6 de Novembro, no Ciclo de Debates "Conversas a Bordo" da Arqueologia Náutica e Subaquática em Portugal - Museu Nacional de Arqueologia

O Museu Nacional de Arqueologia e o Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática, da Direção-Geral do Património Cultural, promovem o Ciclo de Debates Conversas a Bordo, dedicado a esta ciência e dirigido a todos os especialistas, profissionais e públicos interessados.

No dia 6 de Novembro, Quinta-feira, às 18h00, o tema de debate será "Inventário e Carta Arqueológica" com os oradores Catarina Garcia (CHAM/ UNL), Ivone Magalhães/ Ana Paula Almeida (C. M. Esposende), Jorge Freire (CHAM/ UNL) e Maria Luísa Blot (CHAM/ UNL).


quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Arqueologia ao Sul: A arqueologia subaquática em Portugal

Hoje pelas 17h30 no Anfiteatro A do Complexo Pedagógico, Campus de Gambelas, o investigador Gonçalo Lopes fará uma comunicação sobre "A Arqueologia Subaquática em Portugal: percursos e desafios". Uma iniciativa do Nap da Universidade Do Algarve a não perder.


terça-feira, 20 de maio de 2014

O Inverno deixou uma prenda aos arqueólogos numa praia de Esposende


Vestígios do naufrágio de dois navios, um holandês do século XV ou XVI e outro da época romana, foram encontrados na praia de Belinho.

Prato em alto-relevo transportado por navio holandês representando S. Cristóvão
Os efeitos do mar na costa de Esposende não são apenas um problema ambiental. A fúria destruidora do Inverno deste ano deixou a descoberto, na praia de Belinho, vestígios arqueológicos correspondentes a dois naufrágios. Os achados, que esta quarta-feira serão apresentados pela autarquia, são partes da carga e do casco de um navio holandês, do século XV ou XVI, e de ânforas de um navio romano, correspondendo, neste caso, ao segundo naufrágio desta época descoberto neste concelho.
Os destroços foram descobertos por quatro pessoas durante o Inverno, quando as notícias relatavam o efeito destruidor das grandes tempestades nas praias deste e de outros concelhos. Em Belinho, a norte da cidade de Esposende, em troca do areal que roubou, o mar deixou uma oferenda preciosa aos arqueólogos e historiadores: mais de 900 fragmentos da época romana, peças de madeira do navio holandês e, no caso deste, dezenas de pratos de esmola em latão, duas centenas de pratos de baixela em estanho, pelouros (balas) de vários calibres, entre outras peças, misturadas com pedra vulcânica usada para lastro desta embarcação.
Entre os achados, encontram-se peças conhecidas como pratos de Nuremberga ou dinanteries, por também serem produzidos e importados de Dinant, na Bélgica. São peças importantes não pela sua raridade – foram muito usados nas igrejas portuguesas e existem, aliás, em várias colecções museológicas – mas pelo trabalho decorativo. No Museu das Terras de Basto existe aliás um prato destes, praticamente igual a um dos que foi agora encontrado em Esposende, representando Adão, Eva e a inevitável serpente. Outro tem gravado o encontro de São Jorge com o Dragão e não falta, nesta colecção arrojada pelo mar, um S. Cristóvão, padroeiro dos viajantes.
Tal invocação de nada valeu aos que seguiam naquele barco. Naufragaram numa zona difícil da costa, com rochedos submersos famosos, como os Cavalos de Fão, um perigo para navegadores mais distraídos ou atirados para perto da praia por alguma tempestade. O mesmo poderá ter acontecido à embarcação da época romana que, pela carga, viria da Bética, província no Sul da península bem servida, já na altura, pelo porto de Cádis. Desfez-se por ali, no final do século I, deixando no fundo do mar uma carga de ânforas cuja forma indica a zona em que foram produzidas.

Mais provas na costa atlântica
Este naufrágio romano é o segundo já descoberto em Esposende. Há uma década, em Marinhas, mais a sul, outros achados da Bética tinham sido encontrados mas, então, foram pouco valorizados. Só nos últimos anos, uma equipa envolvendo os arqueólogos municipais Ana Paula Brochado e Ivone Magalhães, o investigador Rui Morais da Universidade do Minho, o consultor Carlos Alberto Brochado de Almeida, arqueólogo jubilado da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, a catedrática em geologia Helena Granja, e um especialista em química da Universidade do Minho, César Oliveira, apoiados por investigadores espanhóis, conseguiram revelar a importância daquelas ânforas do início do século I, em plena era de Augusto.

O historiador Allan John Parker escreveu uma grande obra sobre os naufrágios em época romana, mas listou apenas acidentes no Mediterrâneo, omitindo por completo a navegação no Atlântico. Tal lacuna começa a ser preenchida, acredita Rui Morais, para quem estes dois naufrágios “vêm contrariar essa tendência historiográfica, mostrando que houve um comércio permanente na fachada atlântica”. Que, aliás, remonta já aos finais da Idade do Bronze, insiste.
O académico salienta que já se conhecia um número considerável de produtos de importação ao longo da costa, em castros e cidades de época romana, o que pressupõe um comércio marítimo, fluvial, em grande escala, dado o elevado custo do seu transporte por via terrestre, mas explica que faltava encontrar vestígios relacionados com naufrágios, que demonstrassem que chegavam a esta parte da península pelo mar. “Encontrar provas é uma situação muito rara na costa Atlântica, e Esposende tem-nos brindado com estes achados”, congratula-se este arqueólogo que, para além de ânforas Haltern 70, um tipo de ânforas de fundo em bico e semelhantes a muitas que se encontram por toda a costa, Galiza acima, e até na Grã-Bretanha, identificou, nessa primeira descoberta, um novo tipo de vasilhame.
A essas novas ânforas, de fundo plano, chamou-lhes Rui Morais urceus. Graças ao trabalho de análise de química orgânica de César Oliveira, percebeu-se que traziam vinho adocicado com mel. As outras transportavam outros tipos de vinho e uma conserva de azeitonas em vinho cozido, conhecido como defrutum. O destino provável desta mercadoria, tal como a que transportava o segundo navio romano agora descoberto – em cujas ânforas se detectou conservas de peixe e outros preparados piscícolas – seria Bracara, a Augusta, cidade fundada no século I a.C. pelo imperador que morreu no ano 14, ou seja, há precisamente, dois milénios.

terça-feira, 25 de março de 2014

Piroga do Rio Lima na exposição "O tempo resgatado ao mar" do Museu Nacional de Arqueologia



Uma piroga do rio Lima, uma das seis embarcações encontradas em Viana do Castelo, integra a exposição “O tempo resgatado ao Mar” do Museu Nacional de Arqueologia, que dá a conhecer os principais resultados da atividade arqueológica náutica e subaquática realizada em Portugal nos últimos trinta anos.
As pirogas, embarcações monóxilas feitas a partir de um tronco de árvore escavado, conhecido na Europa desde a pré-história e mais precisamente desde o neolítico, foram utilizadas no Rio Lima e, por serem embarcações construídas através de uma tecnologia muito particular, merecem grande relevo e assumem enorme importância para a comunidade científica portuguesa e internacional.
Em Viana do Castelo foram encontradas seis pirogas entre as freguesias de Moreira de Geraz do Lima e Mazarefes, sendo que as cinco identificadas foram enviadas para a Divisão de Arqueologia Náutica e Subaquática para restauro, estudo e conservação.
Uma delas está agora em exposição em Lisboa, depois de ter sido descoberta na margem esquerda do Lima, junto ao Lugar da Passagem (Moreira de Geraz do Lima) em Maio de 1996. A embarcação, datada por radiocarbono entre a segunda metade do século VII e finais do século IX, foi construída a partir de carvalho-roble e serviria para atravessar o rio durante a Idade Média.
Com 385 centímetros de comprimento, 55 de largura e 45 de altura, a embarcação esteve juntamente com outra, em 2013, no Museu Nacional de Arqueologia Subaquática – ARQUA, em Cartagena, para conservação e uma delas esteve mesmo em exposição.
Agora, integra uma mostra que apresenta uma seleção de peças oriundas de ambientes marítimos, fluviais ou húmidos de todo o território nacional desde a época pré-romana ao século XX, com maior incidência na época moderna, resultado de numerosos naufrágios referenciados.

terça-feira, 4 de março de 2014

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Cem naufrágios tornam mar do Funchal com potencial científico e turístico

Cem naufrágios de navios dos séculos XVIII e XIX fazem do mar do Funchal um potencial científico e turístico, considera o investigador do Centro de História de Além-Mar José Bettencourt, que lidera um projeto para avaliar este património.
"Numa análise muito preliminar ainda, os registos que temos são de aproximadamente cem naufrágios no entorno ao porto do Funchal, o que é uma quantidade bastante significativa", disse José Bettencourt.
Segundo o especialista em arqueologia subaquática, "a maior parte desses registos é de navios do século XVIII e XIX", mas há "alguns mais antigos, como um galeão espanhol que naufragou em 1622" e que, "se fossem descobertos, teriam e têm um potencial científico muito relevante".
O responsável esclareceu que a zona do porto e de aproximação a este são "áreas mais perigosas para a navegação, porque são aquelas que têm maior tráfego marítimo", e "é aí que se dá a maior parte das perdas", pelo que estas "são, sempre, em todo o país, as zonas mais ricas do ponto de vista arqueológico".
"A maior parte dos naufrágios localiza-se junto à costa porque a maior parte são resultado de encalhes ou de perdas durante operações portuárias, por isso, a maior parte estará a baixa profundidade", explicou o investigador, reconhecendo, contudo, que as características da Madeira levam o investigador "a esperar que os sítios sejam um pouco mais profundos".
O coordenador do Centro de Estudos de História do Atlântico, Alberto Vieira, admitiu que "terão ocorrido muito mais naufrágios ao longo da história", salientando que, desde o século XV, "há referências a naufrágios", embora os dados sejam "muito esparsos".
"Tivemos historicamente um problema muito importante na Madeira, a principal cidade fixou-se, montou-se, numa baía que oferecia grandes dificuldades em termos das embarcações", referiu o coordenador do centro, sediado no Funchal.
A este propósito, o historiador realçou: "A baía do Funchal sempre foi historicamente muito complicada em termos da navegação em determinadas épocas do ano, o que fazia duas coisas, primeiro as embarcações só entravam dentro do porto (...) para descarregar, porque normalmente lançavam a âncora ao largo, por causa de um conjunto de correntes e ventos que acontecia numa determinada época do ano, mas que, muitas vezes, era ocasional".
"O porto do Funchal, por textos que nós conhecemos, era conhecido como um dos portos mais difíceis e, para muitos estrangeiros, o parar no Funchal era sempre uma aventura", adiantou, reconhecendo que a zona tem um património subaquático decorrente dos naufrágios, mas a pesquisa pode encontrar um obstáculo no assoreamento.
O arqueólogo José Bettencourt defendeu que o turismo arqueológico subaquático poderia ser "um complemento à atividade turística de mergulho que já existe" no arquipélago.
"Trabalhamos para dar algo à comunidade, não só para responder a questões científicas, mas também para contribuir com o nosso trabalho para o desenvolvimento económico e cultural das áreas onde estamos a trabalhar", declarou.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Projecto avalia património arqueológico subaquático do Funchal

Um projeto do Centro de História de Além-Mar, das universidades Nova de Lisboa e dos Açores, está a avaliar o património arqueológico subaquático do Funchal, tendo identificado este mês, no decurso da primeira prospeção, um sítio arqueológico.

"O projeto que estamos agora a iniciar é de avaliação do potencial arqueológico subaquático do entorno ao porto do Funchal, que visa, essencialmente, avaliar as fontes escritas e também fazer prospeção nalguns pontos específicos onde essas fontes nos indiquem maior potencial científico para tentar detetar vestígios subaquáticos de naufrágios", disse à agência Lusa o arqueólogo José Bettencourt.
A investigação, iniciada em agosto do ano passado, vai analisar uma área entre a Ponta do Espinhaço e a ponta do Garajau, incluindo os vários fundeadouros do porto, numa distância de costa de cerca de 7,5 quilómetros, e contemplou, este mês, os primeiros mergulhos.
"Foram duas semanas de mergulhos pontuais apenas, sobretudo para confirmar algumas informações orais que nos tinham chegado da existência de vestígios arqueológicos. Fomos confirmar e avaliar, de uma forma muito preliminar ainda, esses vestígios. E, depois, realizámos outros mergulhos pontuais noutras zonas para perceber que tipo de fundo é que tem a área de estudo para depois planearmos as próximas fases de trabalho", adiantou o investigador do Centro de História de Além-Mar.
O especialista em arqueologia subaquática destacou que foi confirmada a existência de um sítio arqueológico, um navio que se encontra a cerca de dez metros de profundidade.
"A profundidade aqui desce muito rapidamente e, por isso, a maior parte dos vestígios que existirão nesta área estará mais funda", declarou o responsável, notando que a embarcação está praticamente toda enterrada, vendo-se, apenas, o topo de algumas madeiras, pelo que necessita "de uma intervenção diferente para responder às perguntas básicas".
No decurso desta prospeção, um dos elementos da equipa de investigação "viajou" até ao que se presume ser o navio "Pronto", que serviria para transportar água para o Porto Santo e víveres para outros ancoradouros da ilha da Madeira, e terá naufragado na II Guerra Mundial (1939/1945).
"É, também, objetivo do projeto valorizar outros locais subaquáticos e neste navio, que é muito visitado por mergulhadores, há todo o interesse em fazer um pouco mais de investigação", referiu José Bettencourt.
Financiado pelo Centro de História de Além-Mar e com o apoio logístico da Câmara do Funchal, através da sua Estação de Biologia Marinha e da empresa municipal Frente Mar, o trabalho permitiu já concluir que "existe um potencial arqueológico muito significativo" na área de estudo, embora "num ambiente difícil de trabalhar", decorrente dos aluviões das ribeiras.
A segunda prospeção ainda não tem data: "Agora vamos avaliar os dados deste ano e vamos, sobretudo, fazer uma análise sistemática da informação que está em arquivo sobre os naufrágios que ocorreram na área de estudo, para percebermos melhor quais as áreas que temos que apostar com maior incidência de toda a envolvente do porto, que é bastante grande", afirmou José Bettencourt, admitindo que a investigação poderá, no futuro, alargar-se a outros pontos do arquipélago com interesse arqueológico.

segunda-feira, 11 de março de 2013

I Congreso de Arqueología Náutica y Subacuática Española, Cartagena


Os anos 80 marcaram o inicio de uma nova etapa na arqueologia subaquática espanhola, caracterizada por um novo marco legislativo, com a criação de diversos centros especializados tanto a nível estatal como privado, a generalização das acções de arqueologia preventiva e de urgência e especialmente a progressiva instauração de um novo modelo de gestão.
Local: Museo Nacional de Arqueología Subacuática. ARQVA
Muelle de Alfonso XII, 22 30202 Cartagena

Datas: 14, 15 e 16 de Março de 2013



Comissão científica:

  • Mariano Aznar
  • Jose Luis Casado Soto
  • Asunción Fernandez Izquierdo
  • Carmen García Rivera
  • Manuel Martín Bueno
  • Xavier Nieto Prieto
  • Jose Pérez Ballester
  • Sebastián Ramallo
  • Gustau Vivar
  • Rafael Ruiz Manteca


Programa: http://museoarqua.mcu.es/web/uploads/ficheros/congreso_programa.pdf

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Arqueólogos investigam embarcação naufragada na península de Tróia


TRÓIA – De 1 a 5 de Dezembro, uma equipa composta por arqueólogos, conservadores, biólogos, geólogos e mergulhadores esteve a desenvolver trabalhos subaquáticos numa embarcação naufragada fora do Estuário do Sado e na proximidade da Península de Tróia, que se prevê ser um dos últimos navios portugueses à vela – provavelmente datado do séc. XIX.
De fundamental importância histórica, esta embarcação, identificada como caso de estudo Navio Tróia 1, aparenta ser um veleiro (lugre) construído, integralmente, em madeira.

Estes cinco dias de trabalho em Tróia tiveram como objectivo descobrir as respostas a temas essenciais: que navio era este, o porquê do seu naufrágio, qual o seu propósito e desde quando se encontrava naquele local concreto.
Adolfo Martins, Arqueólogo e Director do Projecto de investigação do caso de estudo Navio Tróia 1, explica: “para que estas respostas fossem achadas, constituímos três equipas em cada saída diária para o mar. Conseguimos, depois de quatro mergulhos, efectuados ao longo dos 5 dias de campanha (porque o último dia foi dedicado à finalização da campanha), executar um conjunto ampliado de iniciativas.”
Adolfo Martins continua: “Definimos o raio de dispersão dos vestígios, identificámos as peças estruturais do navio para interpretar a sua tipologia, realizámos registos multimédia dos vestígios e analisámos a deposição dos destroços para investigar o modo como a embarcação naufragou e como se fixaram as peças no solo e no subsolo.”
Durante a semana passada, e com uma visibilidade subaquática superior a 10 metros, foi possível identificar com rigor, a cerca de 6 metros de profundidade, as partes estruturais do navio e perceber a dispersão dos mesmos. Uma das principais conclusões desta investigação foi a percepção dos quatro núcleos do Navio Tróia 1:O Conservador Responsável, Cláudio Monteiro, acrescenta ainda que: “Observaram-se vários tipos de materiais, em diferentes graus de estado de conservação, nomeadamente, as estruturas do navio, em madeira, que registam uma excelente estado de preservação.”

  • 1º Núcleo – Significativa parte estrutural do navio, com duas âncoras e amarra.
  • 2º Núcleo – Uma âncora e o seu cepo em madeira.
  • 3º Núcleo – Grupo de cavernas.
  • 4º Núcleo – Grupo composto pela quilha.
Para : “Estes trabalhos pretendem auxiliar a compreensão das rotas comerciais e marítimas, da região do Sado, durante o século XIX.” Termina: “Esta investigação, que se iniciou em Maio de 2012, está a ser desenvolvida no âmbito da formação do curso de pós-graduação de Arqueologia Subaquática e de um projecto de dissertação de mestrado em História, Arqueologia e Património, no Instituto Politécnico de Tomar e na Universidade Autónoma de Lisboa.”
Através desta equipa interdisciplinar – composta por especialistas do meio subaquático e por alunos estagiários – que contou com o apoio logístico de várias entidades, foi possível conhecer melhor esta embarcação. No navio naufragado identificaram-se diversos objectos: curvas de alto, roda de proa, pavimento, sobrequilha, 7 âncoras, 1 guincho da amarra, 4 bigotas, 1 cabo, diversas cavilhas de ferro e de bronze, 1 placa de chumbo e uma chaleira.
http://local.pt/arqueologos-investigam-embarcacao-naufragada-na-peninsula-de-troia/

sábado, 8 de dezembro de 2012

II Colóquio "Arqueólogos e Arqueologia do Mar"

A 23 de Janeiro de 2013, realiza-se na Escola Naval no Alfeite o II Colóquio "Arqueólogos e Arqueologia do Mar", dividido em três painéis de conferências.


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Projecto Patacho of Pedro Diaz, Martinhal (Algarve)

No próximo dia 7 de Novembro decorrerá o dia aberto do Projecto Patacho of Pedro Diaz, das 9 h às 11 h e das 14 h às 17 h, no Martinhal Beach Resort.


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Hallan bajo el mar un poblado neolítico y el barco más antiguo del Adriático


Un equipo de arqueólogos ha hallado en el fondo del mar en la costa norte de Croacia un poblado neolítico bien preservado y los restos del barco más antiguo descubierto hasta ahora en el Adriático y posiblemente en todo el Mediterráneo.
Zagreb. "Se trata de descubrimientos arqueológicos que por su singularidad suponen un punto culminante en este campo", dijo a Efe la arqueóloga Ida Koncani Uhac, del Museo Arqueológico de Istria, con sede en Pula, y jefa del proyecto de investigación.
El yacimiento se encuentra debajo de la superficie marítima en el noroeste de la península norteña de Istria, cerca de Umag, y los expertos del citado museo arqueológico llevan a cabo sus investigaciones con ayuda de buceadores profesionales desde 2008.
Mediante el empleo del método de datación por radiocarbono, la edad del barco descubierto a unos 2,2 metros de profundidad se remonta aproximadamente al primer milenio antes de Cristo, con lo que se perfila como el barco más antiguo descubierto en el mar Adriático, explicó la arqueóloga.
La construcción naval descubierta es singular porque sus partes se unían por una técnica peculiar de cosido con cuerda a través de agujeros situados en los bordes de planchas de madera.
La eslora del casco de la nave mide aproximadamente alrededor de 6 metros y la manga 2,4 metros, al tiempo que han sido descubiertas 8 planchas del casco y una costilla.
En cuanto al asentamiento neolítico descubierto en la misma localidad, las investigaciones apuntan a que la "Atlántida croata" estaba integrada por casas construidas sobre pilares de madera, que por yacer en el lodo marino se han conservado de forma inusitada.
"Hemos determinado que se trata de un poblado prehistórico que data del período entre el Neolítico final y la temprana Edad de Bronce. Se encuentra a una profundidad entre 2,5 y 3,2 metros, sobre una superficie de alrededor de 10.000 metros cuadrados", precisó Koncani.
Una investigación inicial de una porción menor del asentamiento ha sacado a la luz una gran cantidad de huesos animales y vasijas prehistóricas de cerámica.