Mostrar mensagens com a etiqueta Romano. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Romano. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Tesouro com 1600 anos descoberto em navio submerso - Israel

Arqueólogos descobriram junto a um porto antigo da Cesárea parte de um navio submerso com milhares de moedas com 1600 anos, estátuas de bronze e outros objetos enterrados no mar.


Trata-se do maior conjunto de objetos descobertos no fundo do mar nas últimas três décadas, localizado de forma fortuita num primeiro momento por dois amantes do mergulho submarino, informou a Autoridade de Antiguidades de Israel (AAI).
O espólio descoberto inclui ainda âncoras de ferro e restos de âncoras de madeira, e objetos que foram empregados na construção e navegação da embarcação afundada.
A investigação para recuperar os vestígios da carga decorreu nas últimas semanas com a colaboração de submarinistas especializados e de voluntários que integraram equipas avançadas e desenterraram numerosos artefactos que eram transportados na embarcação afundada.
Muitos dos objetos são de bronze e encontram-se em extraordinário estado de conservação, como uma lâmpada com a imagem gravada de um deus sol, ou uma estatueta de uma deusa lua, assim como uma lâmpada com a imagem da cabeça de um escravo africano, mas o maior destaque vai para três estátuas em bronze fundido de tamanho real.
Foram também localizados fragmentos de grandes jarras usadas para transportar água potável para a tripulação do barco.
Uma das grandes surpresas foi a descoberta dentro de uma vasilha de dois sacos com milhares de moedas com cerca de 20 quilos.
De acordo com Jacob Sharvit, diretos da Unidade de Arqueologia Marinha da AAI, e Dror Planer, vice-diretor do mesmo departamento, "a localização e distribuição dos artefactos antigos no fundo marinho sugerem que um grande navio mercante transportava um carregamento de metal para ser reciclado, quando foi surpreendido por uma tormenta à entrada no porto, afundando-se ao embater contra as suas paredes rochosas".
As mesmas fontes sublinham a importância e o bom estado das estátuas, que devem a boa preservação ao facto de terem ficado enterradas na areia do fundo marinho.
As moedas têm inscritas a imagem do imperador Constantino, o Grande (274-337) e do seu rival Licínio, imperador que governou a parte este do império entre 308 e 324.



Leia mais: Tesouro com 1600 anos descoberto em navio submerso http://www.jn.pt/mundo/interior/tesouro-com-1600-anos-descoberto-em-navio-submerso-5176864.html#ixzz48pJraulA 

terça-feira, 20 de maio de 2014

O Inverno deixou uma prenda aos arqueólogos numa praia de Esposende


Vestígios do naufrágio de dois navios, um holandês do século XV ou XVI e outro da época romana, foram encontrados na praia de Belinho.

Prato em alto-relevo transportado por navio holandês representando S. Cristóvão
Os efeitos do mar na costa de Esposende não são apenas um problema ambiental. A fúria destruidora do Inverno deste ano deixou a descoberto, na praia de Belinho, vestígios arqueológicos correspondentes a dois naufrágios. Os achados, que esta quarta-feira serão apresentados pela autarquia, são partes da carga e do casco de um navio holandês, do século XV ou XVI, e de ânforas de um navio romano, correspondendo, neste caso, ao segundo naufrágio desta época descoberto neste concelho.
Os destroços foram descobertos por quatro pessoas durante o Inverno, quando as notícias relatavam o efeito destruidor das grandes tempestades nas praias deste e de outros concelhos. Em Belinho, a norte da cidade de Esposende, em troca do areal que roubou, o mar deixou uma oferenda preciosa aos arqueólogos e historiadores: mais de 900 fragmentos da época romana, peças de madeira do navio holandês e, no caso deste, dezenas de pratos de esmola em latão, duas centenas de pratos de baixela em estanho, pelouros (balas) de vários calibres, entre outras peças, misturadas com pedra vulcânica usada para lastro desta embarcação.
Entre os achados, encontram-se peças conhecidas como pratos de Nuremberga ou dinanteries, por também serem produzidos e importados de Dinant, na Bélgica. São peças importantes não pela sua raridade – foram muito usados nas igrejas portuguesas e existem, aliás, em várias colecções museológicas – mas pelo trabalho decorativo. No Museu das Terras de Basto existe aliás um prato destes, praticamente igual a um dos que foi agora encontrado em Esposende, representando Adão, Eva e a inevitável serpente. Outro tem gravado o encontro de São Jorge com o Dragão e não falta, nesta colecção arrojada pelo mar, um S. Cristóvão, padroeiro dos viajantes.
Tal invocação de nada valeu aos que seguiam naquele barco. Naufragaram numa zona difícil da costa, com rochedos submersos famosos, como os Cavalos de Fão, um perigo para navegadores mais distraídos ou atirados para perto da praia por alguma tempestade. O mesmo poderá ter acontecido à embarcação da época romana que, pela carga, viria da Bética, província no Sul da península bem servida, já na altura, pelo porto de Cádis. Desfez-se por ali, no final do século I, deixando no fundo do mar uma carga de ânforas cuja forma indica a zona em que foram produzidas.

Mais provas na costa atlântica
Este naufrágio romano é o segundo já descoberto em Esposende. Há uma década, em Marinhas, mais a sul, outros achados da Bética tinham sido encontrados mas, então, foram pouco valorizados. Só nos últimos anos, uma equipa envolvendo os arqueólogos municipais Ana Paula Brochado e Ivone Magalhães, o investigador Rui Morais da Universidade do Minho, o consultor Carlos Alberto Brochado de Almeida, arqueólogo jubilado da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, a catedrática em geologia Helena Granja, e um especialista em química da Universidade do Minho, César Oliveira, apoiados por investigadores espanhóis, conseguiram revelar a importância daquelas ânforas do início do século I, em plena era de Augusto.

O historiador Allan John Parker escreveu uma grande obra sobre os naufrágios em época romana, mas listou apenas acidentes no Mediterrâneo, omitindo por completo a navegação no Atlântico. Tal lacuna começa a ser preenchida, acredita Rui Morais, para quem estes dois naufrágios “vêm contrariar essa tendência historiográfica, mostrando que houve um comércio permanente na fachada atlântica”. Que, aliás, remonta já aos finais da Idade do Bronze, insiste.
O académico salienta que já se conhecia um número considerável de produtos de importação ao longo da costa, em castros e cidades de época romana, o que pressupõe um comércio marítimo, fluvial, em grande escala, dado o elevado custo do seu transporte por via terrestre, mas explica que faltava encontrar vestígios relacionados com naufrágios, que demonstrassem que chegavam a esta parte da península pelo mar. “Encontrar provas é uma situação muito rara na costa Atlântica, e Esposende tem-nos brindado com estes achados”, congratula-se este arqueólogo que, para além de ânforas Haltern 70, um tipo de ânforas de fundo em bico e semelhantes a muitas que se encontram por toda a costa, Galiza acima, e até na Grã-Bretanha, identificou, nessa primeira descoberta, um novo tipo de vasilhame.
A essas novas ânforas, de fundo plano, chamou-lhes Rui Morais urceus. Graças ao trabalho de análise de química orgânica de César Oliveira, percebeu-se que traziam vinho adocicado com mel. As outras transportavam outros tipos de vinho e uma conserva de azeitonas em vinho cozido, conhecido como defrutum. O destino provável desta mercadoria, tal como a que transportava o segundo navio romano agora descoberto – em cujas ânforas se detectou conservas de peixe e outros preparados piscícolas – seria Bracara, a Augusta, cidade fundada no século I a.C. pelo imperador que morreu no ano 14, ou seja, há precisamente, dois milénios.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Congresso Internacional Ânforas Lusitanas (Tróia, 10 a 13 Outubro)



O Congresso Internacional Ânforas Lusitanas - Produção e Difusão irá decorrer entre 10 e 13 Outubro de 2013, em Tróia, numa parceria entre o CEAUCP - Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto e o Troiaresort.



Mais informações: http://www.portugalromano.com/2013/04/congresso-internacional-anforas-lusitanas-producao-e-difusao-troia-outubro-2013/

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Descobertos fragmentos da última batalha da I Guerra Púnica (castelhano ou inglês)


Descubren fragmentos de bronce de barcos que lucharon en la I Guerra Púnica
Un hallazgo de esos que quitan el hipo. Ni más ni menos que diez fragmentos de bronce que pertenecen a barcos que tomaron parte en la última batalla de la I Guerra Púnica (241 d.C.) entre romanos y cartagineses. Los responsables del descubrimiento han sido un equipo de la Universidad de Oxford, que han encontrado los restos en el oeste de la costa de Sicilia. En estos fragmentos hay inscripciones en latín pero también en púnico. 
La omisión de socorro al patrimonio se multará con hasta 6.000 euros en Castilla-La Mancha
La Junta de Castilla-La Mancha se está poniendo muy seria en lo que respecta a la protección de su patrimonio. De hecho, está preparando un proyecto de ley que estará a punto antes del verano en el que se prevén sanciones duras para aquellas personas que no se impliquen en la protección patrimonial. El proyecto de ley afirma que “Las personas que observen peligro de destrucción, deterioro o pérdida en un bien integrante del Patrimonio Cultural de Castilla-La Mancha deberán ponerlo en conocimiento de la Consejería competente (…). De no hacerlo así, la persona puede cometer una infracción leve y enfrentarse a multas de entre 100 y 6.000 euros).
El patrimonio de Pompeya y Sicilia se protege con un sistema de conservación valenciano
Un innovador sistema elaborado por la Universidad Politécnica de Valencia (UPV) y el Instituto Valenciano de Restauración y Conservación de Bienes Culturales (IVC+R) se está utilizando para conservar el patrimonio de Pompeya. El sistema se está aplicando en la Casa de Ariadna de Pompeya, declarada Patrimonio de la Humanidad de la Unesco, aunque también en la Villa del Casale de Sicilia (que goza del mismo reconocimiento). Se basa en fijar patrones de evolución del microclima para adoptar medidas preventivas antes de que sea necesaria una restauración. Más información en este enlace.
Un castillo de Palencia sufre un derrumbe debido a las rachas de viento
No es la primera vez que en nuestras noticias arqueológicas os hablamos del derrumbe de elementos patrimoniales debido a la mala conservación. Desgraciadamente, hoy tenemos un nuevo caso. Se trata del Castillo de Belmonte de Campos (siglo XV), que se vino debajo de manera parcial. En este caso, la combinación de la mala conservación y las fuertes rachas de viento ha provocado el incidente. Como suele pasar en estos casos, hacía tiempo que los expertos pedían una restauración ya que temían que un hecho así pudiera suceder.
Link: http://ciac2013merida.org/es/arqueologia-clasica/las-arqueonoticias-del-dia-30-de-abril?goback=%2Egde_2527788_member_236775006


sexta-feira, 22 de março de 2013

Entre ânforas e cerâmicas escondia-se parte de uma embarcação romana

Peça foi encontrada em Lisboa, num fundeadouro usado pelo menos entre os séculos I a.C. e V d.C.

É um achado de extrema raridade aquele que os arqueólogos fizeram na Praça D. Luís I, em Lisboa: a madeira com cerca de 8,5 metros de comprimento que tinha sido encontrada entre meia centena de ânforas e algumas peças de cerâmica é parte de uma embarcação romana que terá navegado no Atlântico. 
Esta peça de madeira foi descoberta durante a construção de um parque de estacionamento subterrâneo, junto à Avenida 24 de Julho, no interior de uma área que os arqueólogos já tinham identificado como tendo sido um fundeadouro (um local de ancoragem de embarcações) pelo menos entre os séculos I a.C. e V d.C. Desde cedo, os técnicos perceberam que se tratava de uma peça náutica, mas só investigações subsequentes permitiram determinar que o vestígio em causa era parte de um navio e não de uma estrutura portuária, hipótese que tinha sido igualmente equacionada.
"Estamos na presença de uma peça inequivocamente naval, de uma embarcação romana", afirmou ao PÚBLICO o coordenador dos trabalhos, que estão a ser desenvolvidos pela empresa ERA-Arqueologia em colaboração com o Centro de História de Além-Mar, da Universidade Nova de Lisboa e da Universidade dos Açores. Alexandre Sarrazola explicou, durante uma visita às escavações, que esta seria "uma peça para fazer a ligação das tábuas do forro e destas à quilha", "num tipo de construção shell first [em que o barco começa a ser construído pelo casco]". Quanto à dimensão do navio, aquilo que se pode dizer por enquanto é que, a julgar pelo comprimento da madeira descoberta, teria "dimensões consideráveis".
"Este não é um achado isolado. Foi registado num contexto, de fundeadouro, que do ponto de vista histórico é exclusivamente romano", sublinha o arqueólogo. Esse facto contribui aliás para tornar esta descoberta única, já que num outro caso registado em 2002 no estuário do rio Arade, no Algarve, foi também encontrado um pedaço de uma embarcação romana (com cerca de 35 centímetros de comprimento) mas de forma isolada, fora de qualquer contexto arqueológico.
De 2002 a 2003 foram ainda descobertas, desta vez no rio Lima, em Viana do Castelo, duas pirogas monóxilas (esculpidas num único tronco). Os resultados da datação feita a amostras dessas embarcações permitiram concluir que seriam do século II a.C.
Cristóvão Fonseca, investigador do Centro de História de Além-Mar, explica que o rio Arade e o rio Lima são os únicos dois casos documentados em Portugal de descoberta de embarcações, ou parte delas, que se supõe serem da época romana. O arqueólogo destaca a importância do achado agora feito na Praça D. Luís I: "É a primeira madeira de navio encontrada em contexto que podemos dizer que é romana. No Mediterrâneo há barcos inteiros, mas no Atlântico este é um dado muito importante. Não se conhece mais nada com estas características na faixa atlântica."
"É um achado de extrema raridade, para não dizer único", afirma também Alexandre Sarrazola, acrescentando que estamos na presença de "um elemento fundamental no contributo para a narrativa da história de Lisboa no que concerne à sua vocação marítima milenar". "É um achado de grande importância", atesta a directora do Departamento dos Bens Culturais da Direcção-Geral do Património Cultural, Catarina Coelho, destacando que se trata de algo "único no nosso território".
Os trabalhos arqueológicos na Praça D. Luís I, que se prolongaram por quase dois anos e estão agora a terminar, permitiram revelar, além do fundeadouro romano e dos vestígios nele encontrados, uma grade de maré do século XVII (para reparação naval ou lançamento de embarcações) e restos de outras estruturas, como uma escadaria e um paredão do Forte de S. Paulo (século XVII), parte do cais da Casa da Moeda (século XVIII) e fornalhas da Fundição do Arsenal Real (século XIX).

Só um troço será preservado

Os técnicos da empresa ERA-Arqueologia tinham, segundo o arqueólogo Alexandre Sarrazola, recomendado que a madeira  encontrada na Praça D. Luís I fosse integralmente conservada, dada a sua "inequívoca importância patrimonial e científica". Mas a decisão da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), ontem transmitida ao PÚBLICO, foi outra: só um dos cinco troços em que foi seccionada a peça que pertenceu a uma embarcação romana será preservado.

A directora do Departamento dos Bens Culturais da DGPC explicou que essa decisão foi tomada atendendo ao "muito mau estado de conservação" da madeira, que esteve submersa e depois envolta em lama, e que foi atacada pelo teredo, um molusco subaquático. "Isto não implica que todo o registo da peça não esteja já feito", sublinha Catarina Coelho, acrescentando que foram recolhidas várias amostras da madeira, por exemplo para a realização de análises que permitam fazer a sua datação.

"A nossa expectativa é conseguirmos tratar dela o melhor possível para que no futuro tenha condições para ser exposta, com toda a informação produzida no âmbito da sua recolha", diz a dirigente da DGPC, adiantando que até lá a peça ficará armazenada nas instalações da Divisão de Arqueologia Náutica e Subaquática no Mercado Abastecedor da Região de Lisboa, num tanque já preparado para o efeito.

Também o coordenador dos trabalhos arqueológicos na Praça D. Luís I defende a musealização deste achado. "Consideramos que esta peça, acompanhada da sua explicação, tem um interesse museográfico inegável", diz Alexandre Sarrazola.

http://www.publico.pt/local-lisboa/jornal/entre-anforas-e-ceramicas-escondiase-parte-de-uma-embarcacao-romana-26254863

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Fundeador romano encontrado em Lisboa é achado extraordinário

Escavações arqueológicas na praça D. Luís, em Lisboa, revelaram um fundeador romano, com mais de 2000 anos, um achado raro e extraordinário, que reflecte, de forma muito rica, a história da cidade, salientou à Lusa o arqueólogo Alexandre Sarrazola.
O fundeador, como é designado no meio arqueológico, é um espaço à beira da costa, onde os navios ancoravam temporariamente para descargas, trânsito de passageiros e para concretizarem várias operações, como reparações. Este fundeador é datado pelo arqueólogo, entre o século I antes de Cristo e o século V."Esta zona, agora a 100 metros de distância da actual rua da Boavista, então zona de praia, constituía uma pequena baía onde os navios romanos fundeavam" e, no trânsito de cargas e passageiros, deixaram cair matérias ou até se libertaram delas.
Estes materiais que o lodo ajudou a preservar, permitem hoje determinar "uma dinâmica comercial, que dá já conta de Lisboa como uma placa giratória na economia do Império Romano, e já nos dá uma dimensão atlântica".
O arqueólogo lidera uma equipa que há dois anos escava esta área, na zona do Cais do Sodré, e que será um futuro parque de estacionamento.
Esta campanha de escavações trouxe à luz do dia outras realidades posteriores ao Império Romano, como navios do século XVII e uma grade de maré.
O fundeador é "um achado inusitado pela sua raridade", disse Sarrazola, que sublinhou a sua importância "do ponto de vista cientifico" pelos "contributos para a nossa história".
O arqueólogo referiu-se ao achado como "inestimável e de uma raridade notável".
Dados os materiais encontrados, de diferentes origens, e o contexto arqueológico encontrado, levam Sarrazola a argumentar que "a diversidade cultural, que nos enriquece e caracteriza, esse mosaico de influências, pode ser ancorado em tempos mais antigos, certamente da ocupação romana".
Entre os artefactos romanos há ânforas de várias produções, desde o interior da Hispânia ao Sul da Gália, Norte de África e até da Península Itálica, além das ânforas de fabrico na Lusitânia.
Estas ânforas eram os "contentores da época, nomeadamente, neste caso, para preparados de peixe, nomeadamente sardinha", de que se conhecem fábricas de salga na actual baixa e zona de Belém, explicou o arqueólogo Jorge Parreira, que integra a esquipa de escavações.
"As ânforas tinham, em média, a capacidade 45 litros, eram produzidas na Lusitânia, nomeadamente na margem sul do rio Tejo", mas foi também encontrada uma ânfora de finais do século I antes de Cristo, "que transportaria, provavelmente, vinho de Itália", referiu Jorge Parreira, arqueólogo da equipa.Foram também encontrados artefactos de cerâmicas sigilatas, nomeadamente da baixela de consumo dos próprios navios, ou para consumo das elites locais que "não seriam tão abastadas quanto isso", disse Sarrazola
No espaço escavado, foi encontrada "uma sucessão de estruturas arquitectónicas e portuárias que reflectem, de uma forma muito rica, a História de Lisboa".
O arqueólogo referenciou as diferentes estruturas encontradas, do século XIX para períodos mais recuados: "O famoso aterro da Boavista de 1855-1863, os alicerces da fundição do Arsenal Real, a estrutura portuária da Casa da Moeda, esta do século XVIII, a estrutura portuária do Forte de S. Paulo, do século XVII, e coevos desta época, uma outra pequena estrutura portuária e uma grade de maré ou rampa de estaleiro".
Esta grade de maré serviu de protector destes vestígios romanos, quando do maremoto que se seguiu ao terramoto de 1755, disse o arqueólogo.
Dada a importância dos achados arqueológicos encontrados, Alexandre Sarrazola alertou para a necessidade de "uma articulação entre a política de património e a de ordenamento de território, nomeadamente quando são revistos os Planos Directores Municipais ou quando se fazem planos de pormenor". Nesses casos, adiantou, "é fundamental ter-se em conta, particularmente na zona ribeirinha de Lisboa, a probabilidade da reincidência de achados desta natureza".
Para Sarrazola, "este tipo de intervenções" arqueológicas e os estudos que delas resultam só fazem sentido "se forem amplamente divulgados e se servirem para contar uma história para todos, de um passado que é de todos, e se sedimentarem aquilo que é uma memória colectiva".
"Só faz sentido fazer arqueologia quando essa arqueologia entronca na memória colectiva", rematou.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Arqueólogos à descoberta de vestígios de naufrágio na época romana

Uma equipa de arqueólogos vai tentar localizar vestígios de um naufrágio da época romana no rio Arade, em Portimão, no âmbito de uma campanha subaquática que arranca na quarta-feira, disse esta segunda-feira um responsável do projecto à Lusa.


O trabalho de campo, que vai durar duas semanas, consiste numa primeira fase na prospecção visual e no registo, através de fotografias e desenhos, e no levantamento de vestígios que estiverem mais à superfície, explicou o arqueólogo Cristóvão Fonseca.
Admite-se que num dos locais identificados para prospecção possa ter ocorrido um naufrágio na época romana, devido à descoberta de uma grande concentração de ânforas (espécie de vaso em cerâmica), algumas ainda completas.
Contudo, a hipótese só poderá ser confirmada com o avanço de trabalhos de escavação que, consoante os resultados obtidos agora, poderão realizar-se em 2013, já que a zona pode ter servido apenas como fundeadouro, referiu Cristóvão Fonseca.
A confirmar-se, a zona pode passar a integrar o roteiro turístico de mergulhadores, atraindo curiosos a Portimão, cidade ao largo da qual vão ser afundados no final deste mês dois navios para visitas subaquáticas.
"A antiguidade dos vestígios e a possibilidade de contar uma história tornam o mergulho naquela zona mais interessante", observou o responsável.
O arqueólogo e José Bettencourt são os coordenadores da campanha arqueológica promovida pelo Centro de História de Além-Mar da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

French archaeologists explore a Roman shipwreck in the Antique port of Antibes



The archaeologists are currently exploring, over 5000 m2, the bottom of an Antique port basin, which was progressively covered with sand. 

A team of Inrap archaeologists is currently excavating part of the Antique port of Antibes (Alpes-Maritimes). This research, curated by the State (Drac Provence-Alpes-Côte d’Azur), is being conducted in advance of the construction of an underground parking lot by QPark. The archaeologists will work for seven months at the site of "Pré aux Pêcheurs”. The Antique Antipolis… Antibes is the Antique Antipolis, a Greek trading post founded by the Phocaeans of Massalia. The date of its establishment is still uncertain, but it followed an indigenous habitat located in the high areas of the current city. Along the Provençal shoreline, Antipolis occupied an advantageous location on the maritime routes linking Marseille to the Italian coast. Like the Saint-Roch cove, it had a natural port that was protected from the dominant winds. The prosperity of the Greek and then Roman city was largely based on the dynamic activity of its maritime commerce, as well as on the transformation of sea products, fish salting and the fabrication of garum (a fish based sauce). … and its port The archaeologists are currently exploring, over 5000 m2, the bottom of an Antique port basin, which was progressively covered with sand. This obvious waste dump has yielded many objects – waste thrown from mooring boats or bits of cargo lost during transshipments – and provides information on the daily activities of the sailors and the maritime commerce. The layers of archaeological objects have been accumulating since the 3rd century BC until the 6th century AD. Several tens of thousands of objects of all kinds that were sunken underwater in the Saint-Roch cove have already been recovered, including merchandise originating from periphery of the Mediterranean basin. They alone illustrate the dynamic nature of the Antique port and commerce in this part of the Mediterranean. The sediments excavated were located under the sea level and were not dried until the construction of the parking lot. These specific anaerobic conditions contributed to the preservation of organic materials and thus allowed the recovery of objects that are not preserved in excavations on land, including amphora corks, leather shoe soles and wood objects. The shipwreck In the last area explored by the Inrap archaeologists, the wreck of a Roman vessel was discovered. The boat, preserved over more than 15 m in length, is lying on its side in a shallow area (less than 1.6 m under the Antique sea level). In the context of a partnership with the Centre Camille Jullian, Inrap and a CNRS naval archaeology specialist are collaborating in the analysis and interpretation of this discovery. The remains consist of a keel and several boards that covered the hull, held together by thousands of pegs inserted into sheave slots cut into the thickness of the boards. Around forty transverse ribs are present, some of which were attached to the keel with metallic pins. Elements of the ceiling were also identified. The keelson, which served to house the foot of the mast, was not preserved. This vessel was a medium-sized commercial sailboat (20/22 m long, 6/7 m wide, height of the hold approximately 3 m). Conifer was the main wood used in its construction. The wood knots of the hull were reinforced by plaques of lead held in place by small nails. These plaques compensated for the faults of a medium quality wood, which was used for the construction of this vessel because is was easily available and accessible. The tool traces are clearly visible (saw and adze), as is the pitch that was used to protect the hull. These architectural features support the date indicated by the stratigraphy and pottery elements recovered in the levels accumulated after the boat was abandoned – the 2nd and 3rd centuries AD – and allow the vessel to be attributed to the Imperial Roman ships of the western Mediterranean. The cause of its sinking is still unknown. Did it crash against the shore during a storm? Was it abandoned to rot in a corner of the port? Was it purposefully sunk to serve as a base for a wharf? These two latter hypotheses could explain the absence of cargo. The continuing investigations will surely reveal the answer.

More Information: http://www.artdaily.org/index.asp?int_sec=11&int_new=57485&goback=%2Egde_815227_member_158465053#.UEXpqsGPX9A[/url]
Copyright © artdaily.org

terça-feira, 10 de julho de 2012

Identificados restos de um exército romano da época de Júlio César num lago, Dinamarca (espanhol)


En un pantano danés de Aarhus se han encontrado los cuerpos de 200 soldados de 2.000 años de antigüedad. Los arqueólogos daneses que han descubierto esta fosa común creen que los hallazgos arrojarán luz sobre las prácticas militares de las tribus germánicas que vivían al borde del Imperio romano. Los expertos empezaron a excavar este lunes y esperan encontrar más restos de estos guerreros milenarios, en este yacimiento que comenzó a explorarse en el 2009. Mads Kahler, de la universidad de Aarhus, ha dicho que solo han tocado una pequeña parte de los restos. “Nunca antes se ha visto algo así en Dinamarca. Pero es sorprendente incluso desde una perspectiva europea”. El lago Mossø, el más grande Jutlandia, se halla enclavado en  el llamado Valle Sagrado, por lo que no ha sorprendido que en este area se practicaran sacrificios rituales.
Hombre de Tollund del siglo IV a.C. encontrado en Jutlandia, cuyo cadáver es similar a los de Alken.
Las marcas transversales en los huesos indican que murieron violentamente, pero nadie está seguro de la identidad de las victimas, ni de sus asesinos.“Esperamos que este sacrificio esté relacionado con la guerra y que probablemente los soldados derrotados eran ejecutados y arrojados al lago” sostiene Kahler.
La fecha en la que vivieron coincide con la época de máxima expansión del Imperio romano en el limes del norte. Este conflicto podría ser consecuencia del apogeo de Roma y sus efectos colaterales en el mundo germánico. “Esto también nos indicará el nivel de organización militar existente en el norte de Europa” continua Kahler.
Descubrimientos similares de guerreros asesinados en las postrimerías de la batalla se han descubierto en áreas celtas de Francia. Las particulares condiciones de conservación del yacimiento danés han ralentizado los efectos de la descomposición y los restos están inusualmente bien conservados.
Los estudios preliminares practicados en dos fémures y seis dientes revelan que el ADNestá en buen estado, algo inusual en cadáveres de esta época. El código genético de losescandinavos de Antes de Cristo no suele diferir de los habitantes de Jutlandiacontemporáneos, por lo que los peritos podrán comprobar si los restos provienen de unejército extranjero.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Two Roman wrecks found more than a kilometre deep off western Greece


ATHENS, GREECE — Two Roman-era shipwrecks have been found in deep water off a western Greek island, challenging the conventional theory that ancient shipmasters stuck to coastal routes rather than risking the open sea, an official said Tuesday.
Greece’s culture ministry said the two third-century wrecks were discovered earlier this month during a survey of an area where a Greek-Italian gas pipeline is to be sunk. They lay between 1.2 and 1.4 kilometres deep in the sea between Corfu and Italy.
That would place them among the deepest known ancient wrecks in the Mediterranean, apart from remains found in 1999 of an older vessel some 3 kilometres deep off Cyprus.
Angeliki Simossi, head of Greece’s underwater antiquities department, said sunken ancient ships are generally found 30-40 metres (100-130 feet) deep.
Most scholars believe that ancient traders were unwilling to veer far offshore, unlike warships which were unburdened by ballast and cargo.
“There are many Roman shipwrecks, but these are in deep waters. They were not sailing close to the coast,” Simossi said.
“The conventional theory was that, as these were small vessels up to 25 metres (80 feet) long, they did not have the capacity to navigate far from the coast, so that if there was a wreck they would be close enough to the coast to save the crew,” she said.
U.S. archaeologist Brendan Foley, who was not involved in the project, said a series of ancient wrecks located far from land over the past 15 years has forced experts to reconsider the coast-hugging theory.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Smuggled cargo found on ancient Roman ship


Evidence of ancient smuggling activity has emerged from a Roman shipwreck, according to Italian archaeologists who have investigated the vessel's cargo.
Dating to the third century AD, the large sunken ship wasfully recovered six months ago at a depth of 7 feet near the shore of Marausa Lido, a beach resort near Trapani. Her cargo, officially consisting of assorted jars once filled with walnuts, figs, olives, wine, oil and fish sauce, also contained many unusual tubular tiles. The unique tiles were apparently valuable enough for sailors to smuggle them from North Africa to Rome, where they sold for higher prices.
glykeria
An image of the smuggled interlocking tiles found on the Roman shipwreck. Credit: Sebastiano Tusa
"They are small terracotta tubes with one pointed end. Put one into the other, they formed interlocking, snake-like tiles. Rows of these so-called fictile tubes were used by Roman builders to relieve the weight of vaulting," Sebastiano Tusa, Sicily's Superintendent of the Sea Office, told Discovery News. Tusa will detail the wreck discovery in a forthcoming publication by the Museum of the Sea in Cesenatico, within a national meeting of underwater archaeology and naval history. Following an analysis of the jars and their contents, Tusa and colleagues concluded that the 52- by 16-foot ship was sailing from North Africa when she sank some 1,700 years ago, probably while trying to enter the local river Birgi.
In North Africa the vaulting tubes cost a quarter of what builders paid for them in Rome.
"It was a somewhat tolerated smuggling activity, used by sailors to round their poor salaries. They bought these small tubes cheaper in Africa, hid them everywhere within the ship, and then re-sold them in Rome," Tusa said. "The tiles were also frequently imported to Sicily and turn up in many places such as Syracuse, Catania, Marsala and Motya. There are good examples of them in the baths of the late Roman villa at Piazza Armerina," Sear, a leading authority on Roman architecture, told Discovery News.According to Frank Sear, professor of classical studies at the University of Melbourne, vaults featuring rows of fictile tubes were most common in North Africa from about the 2nd century AD.
The smuggled cargo, as well as the jars and ceramic food bowls used by the sailors, were recovered in perfectly preserved condition. The old cargo vessel was completely covered by a thick layer of clay and sea grass meadows -- a sort of natural coating which has also preserved most of the ship's wooden structure. "We have recovered more than 700 wooden pieces. Both the left and the right side of the hull has remained almost intact. Once reassembled, this will be the most complete Roman ship ever found," Tusa said Now under restoration at a specialized lab in Salerno, the vessel is expected to be displayed in a local museum within two years.