Durante a escavação de rotina no cemitério do período arcaico localizado em Abu Rawash, área nordeste do planalto de Gizé, uma missão arqueológica francesa do Instituto Francês de Arqueologia Oriental do Cairo (IFAO) identificou o que se acredita ser um barco funerário do Faraó Den da Primeira Dinastia (datado de cerca de 3000 a.C).
O barco funerário foi enterrado com a realeza, os antigos egípcios acreditavam que a alma do Faraó iria viajar na vida após a morte para a eternidade. Encontrado na zona norte da Mastaba número seis, o barco é composto por 11 grandes pranchas de madeira atingindo seis metros de altura e 150 metros de largura, disse o Ministro de Estado das Antiguidades, Mohamed Ibrahim em um comunicado de imprensa enviado para Ahram online na quarta-feira. As partes de madeiras foram transportadas para o Museu Nacional da Civilização Egípcia para a restauração e deverão ser colocadas em exposição no hall do Nilo quando o museu estiver pronto, o que deve ocorrer no próximo ano. O IFAO começou seus trabalhos de escavação em Abu Rawash no início de 1900 onde vários complexos arqueológicos foram encontrados. No complexo do Faraó Djedefre, filho do Grande Faraó Khufu, Emile Chassinat descobriu os restos de um assentamento funerário, um poço de barco e numerosos fragmentos de estátuas que levavam o nome do Faraó Djedefre da Quarta Dinastia. Sob a direção de Pierre Lacau, o IFAO encontrou novas estruturas ao leste da Pirâmide de Djedefre. No entanto os objetos com os nomes dos Faraós da Primeira Dinastia, Aha e Den encontrados perto da pirâmide indicam uma presença anterior em Abu Rawash.
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