No dia em que se assina o Dia da Marinha, dia 22 de maio, a Câmara Municipal de Lisboa, a Marinha Portuguesa, a Associação Turismo de Lisboa (ATL) e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa assinaram um protocolo, com o propósito de construir na Ribeira das Naus, um núcleo museológico dedicado aos Descobrimentos Portugueses – “Polo Descobrir”.
Assinaram o protocolo, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, o Chefe do Estado-Maior da Armada, Macieira Fragoso, o diretor-geral da ATL, Vitor Costa e o Prof. Doutor João Costa, diretor da FCSH.
“No nosso país não temos muitas histórias para contar ao mundo mas temos uma grande história única contar e chegou o momento de dar a conhecer. Este projeto fará nascer, na Doca Seca, local onde eram construídas as embarcações no século XVIII, a reprodução de uma nau, em que se mostrará como é que ela era construída, como se preparavam as viagens, como é que se preparava aquilo que deu numa descoberta, os descobrimentos portugueses" explicou Fernando Medina.
No discurso que proferiu, Fernando Medina explicou que aquilo que se pretende com este investimento não é criar “um museu dos Descobrimentos, hegemónico”, mas sim “um elemento que contribua para contar bem essa história”. A expectativa do presidente da autarquia é que o passo agora dado seja “o primeiro de um projeto mais ambicioso”, que passe pelo surgimento de vários “pólos museológicos” sobre esta temática “unidos em rede”.
Pela parte da Marinha, o chefe do Estado-Maior da Armada defendeu que o núcleo museológico que vai ser criado vai “dar um novo ímpeto à difusão da história portuguesa, em particular da marítima”. O almirante Luís Macieira Fragoso manifestou ainda satisfação com o trabalho já feito na Ribeira das Naus, sublinhando que tem havido “uma adesão massiva dos cidadãos de Lisboa e de todos aqueles que nos visitam” ao espaço, que foi requalificado nos últimos anos.
Com conclusão da obra prevista para o verão de 2016, a criação do núcleo museológico será em terrenos municipais ou cedidos ao município com múltiplas vertentes, particularmente de âmbito científico e cultural. Terá uma programação regular e será integrado na oferta cultural e turística da cidade de Lisboa.
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