“Vestígios
arqueológicos do rio Arade – Um património a potenciar”, com a presença do
arqueólogo Cristóvão Fonseca, é o tema da terceira tertúlia promovida pelo
Grupo dos Amigos do Museu de Portimão, que terá lugar esta sexta-feira, dia 20
de Junho, às 18h30, neste museu, com entrada livre.
Segundo os Amigos do Museu de Portimão, «o estado de
conhecimento do património cultural subaquático do estuário do rio Arade, os
principais sítios arqueológicos conhecidos e o seu valor científico, justificam
a implementação de um programa de investigação contínuo e um projeto de
valorização e divulgação orientado para diferentes públicos».
Este será o ponto de partida para promover um debate que
pretende identificar oportunidades e apresentar propostas no sentido de
reconhecer e potenciar este património.
Cristóvão Fonseca, que já foi responsável pelo extinto Núcleo de
Arqueologia Subaquática do Museu de Portimão, integrou também os trabalhos que, durante três verões consecutivos, de 2003 a
2005, decorreram no Rio Arade, sob direção de Francisco Alves, então
diretor do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS).
Denominadas campanhas ProArade, destinaram-se a investigar, sob
o ponto de vista arqueológico, o leito do Arade, que, pelo menos desde a década
de 70 do século passado, se sabia ser um repositório de vestígios de grande
importância.
No último ano da campanha, em 2005, o objetivo da equipa de
arqueólogos subaquáticos foi desmontar uma embarcação afundada há 500 anos, dos
séculos XV ou XVI, conhecida como «Arade 1», que se encontrava enterrada no
lodo do fundo do rio.
O objetivo era, então, não só salvar e registar os vestígios
raros de uma embarcação tão antiga, como, no futuro, construir «uma réplica do
barco à escala natural, para ser colocada no Museu de Portimão». Tal réplica
nunca chegou a ser feita, mas pode ser que, da tertúlia, surja alguma luz sobre
este assunto.
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