A missão de recolha de amostras do fundo do mar, que pretendem fundamentar a extensão da plataforma continental portuguesa, vai custar ao Estado cerca de 700 mil euros. Durante 90 dias, investigadores vão recolher dados nos Açores.
A bordo do ‘Navio Almirante Gago Coutinho', fundeado ao largo de Sesimbra, o ROV Luso, robô submarino operado remotamente, mostrou ontem as suas habilidades com um mergulho de teste, a cerca de 150 metros de profundidade. O objectivo foi relançar o projecto da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental.
"A missão com o ROV Luso nos Açores, 48 dias no ‘Almirante Gago Coutinho', o único navio da Marinha portuguesa que tem um sistema de posicionamento dinâmico que permite a operação com o robô, serve sobretudo para recolher amostras de rochas. Isto permite reforçar a proposta que foi feita às Nações Unidas em 2009, para estender a plataforma continental. Como a apreciação está prevista para 2016, até lá as operações continuam", explicou ao CM o geólogo Pedro Madureira, chefe da missão.
"Portugal na linha da frente"
A ministra do Mar, Agricultura, Ambiente e Ordenamento do Território, Assunção Cristas, e o secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu, acompanharam o mergulho do ROV Luso a bordo do navio ‘Almirante Gago Coutinho'.
"Esta missão permite a Portugal estar na linha da frente e ser pioneiro. É fundamental estender o território para depois o explorar" referiu a ministra Assunção Cristas, que acrescentou que "o valor da missão tem retorno, a riqueza de alargamento da plataforma continental justifica-o".
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