A fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa reúne mestres da pintura para mostrar a relação entre o Homem e o mar. A mostra abre hoje ao público.
É um dos grandes acontecimentos culturais do ano. Chama-se "As Idades do Mar" e está patente, a partir de hoje e até 27 de Janeiro na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. São ao todo 109 quadros dos séculos XVI ao XX, provenientes de 51 instituições nacionais e estrangeiras, entre elas os museus do Prado e d"Orsay, para uma mostra que atravessa o romantismo de Turner, o expressionismo alemão de Caspar David Friedrich, o impressionismo de Monet , o realismo de Edward Hopper ou Courbet, a pop art de Nikas Skapinakis.
Partindo dos temas fundadores e recorrentes da representação do mar na pintura ocidental, a exibição está organizada em seis secções distintas: A Idade dos Mitos; A Idade do Poder; A Idade do Trabalho; A Idade das Tormentas; A Idade Efémera; A Idade Infinita.
De entre os autores portugueses presentes destaca-se a versão da histórica trágico-marítima pintada por Helena Vieira da Silva, que é sobretudo um olhar angustiado e angustiante sobre o Portugal Salazarista. Destaca-se ainda Amadeu Sousa-Cardoso com A Chalupa: um abismo de azuis onde se perde a vaga evocação de um barco. João Vaz, André Reinoso ou Nikas Skapinakis.
Em torno da exposição realizam-se ainda conferências sobre iconografia do mar na azulejaria, na tapeçaria e na pintura. Deuses no mar e na arte: Do Rapto de Europa à Libertação de Andrómeda, no dia 5; Da linha do horizonte à paisagem. Evolução da tapeçaria nas coleções espanholas, dia 12; A paisagem marítima no século XIX, dia 16. A mostra é visitável todos os dias da semana, entre as 10 e as 18 horas.
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